Alta de preços de energia tirará R$ 22,4 bi do PIB do país em 2023 e 2022
No ano que vem, a crise energética deve afetar 290 mil empregos em relação ao número de pessoas ocupadas no primeiro trimestre deste ano (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
O recente salto dos preços de 💥️energia, impulsionado em parte pela 💥️crise hídrica, terá impacto negativo bilionário na atividade econômica do 💥️Brasil em 2023 e 2022, com os efeitos se espalhando para o mercado de trabalho e o consumo das famílias, de acordo com estudo da 💥️Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O custo mais alto da energia elétrica resultará em perda de 8,2 bilhões de reais no 💥️Produto Interno Bruto (PIB) neste ano a preços de 2023 em comparação com o que ocorreria sem a crise energética, aponta a pesquisa. Isso é o equivalente a variação negativa de 0,11%.
Para 2022, o impacto deve ser de 14,2 bilhões de reais a preços de 2023, ou impacto negativo de 0,19%.
O mercado de trabalho sofre o baque da inflação no setor, com a CNI prevendo perda de 166 mil empregos no final deste ano em relação à quantidade de pessoas ocupadas entre abril e junho de 2023 em consequência dos impactos diretos e indiretos do aumento de custos.
No ano que vem, a crise energética deve afetar 290 mil empregos em relação ao número de pessoas ocupadas no primeiro trimestre deste ano.
O consumo das famílias, enquanto isso, verá redução de 7 bilhões de reais neste ano, a preços de 2023, como consequência da pressão dos custos de energia, segundo a CNI, o equivalente a variação negativa de 0,15%. Para o ano que vem, o efeito será de 12,1 bilhões de reais a preços de 2023, ou queda de 0,26%.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destacou em nota que a crise de abastecimento dos reservatórios de água brasileiros afetou a produção de energia nas hidrelétricas & fonte mais barata& e aumentou o uso de usinas mais onerosas, como as termelétricas, o que ajuda a explicar o salto da inflação.
Mas os elevados encargos, impostos e taxas setoriais da tarifa de energia já pesavam sobre a economia brasileira mesmo antes da crise, disse ele.
“O alto custo dos impostos e dos encargos setoriais e os erros regulatórios tornaram a 💥️energia elétrica paga pela indústria uma das mais caras do mundo, o que nos preocupa muito, pois a energia elétrica é um dos principais insumos da indústria brasileira”, afirmou Braga de Andrade. “Essa elevação do custo de geração de energia é repassada aos consumidores, com impactos bastante negativos sobre a economia.”
Maria Carolina Marques, economista da CNI e autora do estudo, explicou à 💥️Reuters que o impacto dos preços mais altos de energia é diferente para cada setor, com destaque para a 💥️indústria, cujo PIB geral deve perder 2,2 bilhões de reais a preços de 2023 devido à crise energética, ou 0,17%.
O 💥️comércio também é afetado, uma vez que os custos mais altos no Brasil podem tornar produtos estrangeiros mais atraentes, mesmo com outros países também vendo custos mais altos de energia, disse Marques.
Segundo a economista, muitas das grandes economias globais, que estão sofrendo com a alta dos preços de 💥️commodities como 💥️petróleo e 💥️gás natural, já tinham matrizes energéticas pesadas em fontes de energia mais caras, enquanto o Brasil vive um choque devido à grande dependência das hidrelétricas.
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