Fertilizantes: Rússia restringe exportação de nitrogenados por seis meses
A Rússia é um dos maiores exportadores de nitrogenados do mundo (Imagem: Pixabay/PublicDomainPictures)
O governo russo anunciou nesta quarta-feira (3) que vai restringir as 💥️exportações de 💥️fertilizantes nitrogenados em volumes estabelecidos por cotas por seis meses. “A fim de evitar escassez em nosso mercado interno e, como resultado, um aumento nos preços dos alimentos”, justificou o primeiro-ministro Mikhail Mishustin, em nota, ao anunciar a medida.
Para os nitrogenados, os embarques ficarão restritos a 5,9 milhões de toneladas e para adubos complexos contendo nitrogênio a 5,35 milhões de toneladas. De acordo com a agência de notícias russa Interfax, a medida é válida a partir de 1º de dezembro.
No comunicado, Mishustin destacou que o aumento dos preços do gás natural & insumo utilizado para fabricação de fertilizantes & gera consequências negativas nos mercados mundiais e que parte significativa do custo dos nitrogenados advém do valor do gás natural.
A decisão do governo foi anunciada durante uma reunião governamental transmitida por televisão nesta quarta-feira, após o presidente 💥️Vladimir Putin ter cobrado medidas para garantir o abastecimento dos agricultores locais.
Segundo o primeiro-ministro, o governo russo vai adotar medidas de controle aduaneiro para monitorar o cumprimento dos volumes a serem exportados. “O Ministério da Indústria e Comércio terá poderes para distribuir os volumes entre os exportadores. Este trabalho deve ser realizado em conjunto com o Ministério da Agricultura”, explicou Mishustin.
A 💥️Rússia é um dos maiores exportadores de nitrogenados do mundo. A medida tende a agravar o aperto na oferta mundial de adubos, somando-se a restrições adotadas pela 💥️China e limitações nas exportações da Bielo-Rússia.
Para o 💥️Brasil, a Rússia é um dos principais fornecedores de nitrato de amônio e de cloreto de potássio (KCl). No ano passado, o Brasil importou 7,583 milhões de toneladas de adubos da Rússia, respondendo por 22% do internalizado pelo País, segundo dados do Comextat (serviço de estatísticas de comércio exterior do Brasil).
Neste ano até setembro, o adubo russo contribuiu com 23% do total importado pelas indústrias brasileiras, se consolidando como a maior origem com 6,705 milhões de toneladas.
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