China embaralha as cartas nas compras de proteínas e medidas pontuais podem virar rotina
Carne bovina sem exportações à China e carne suína em queda nas vendas ao mesmo destino (Imagem: Unsplash/@natalieng)
O quanto estão embaralhadas as cartas que a 💥️China tem nas mãos sobre a política de compras de 💥️carne bovina brasileira talvez nunca vá se saber, mas há uma mistura de situações que podem indicar novos cenários no futuro. E envolver outras proteínas.
A paralisação das importações, em 3 de setembro ante os casos do mal da 💥️vaca louca no Brasil, e até agora sem sinais de retomada, deu-se com as informações de aumento da produção local de 💥️carne suína, depois de meses recordes de aquisições mundo afora. Em particular, dos Estados Unidos e do Brasil.
Para as condições domésticas de controle de preços, uma das maiores preocupações do governo este ano – e abrangendo todas as categorias de alimentos – a maior oferta local e a formação de estoques com importações de uma carne mais barata que a bovina caíram como uma luva.
Inclusive, propiciando já uma desaceleração nos volumes importados em outubro frente a setembro de carne suína. O Brasil, por exemplo, superou em 14% os embarques de outubro de 2023 (77,4 mil toneladas), mas perdeu 13% sobre setembro (101,8 mil toneladas).
E o preço pago por tonelada também vem perdendo força. Na comparação com outubro do ano passado, menos 4,5%, para US$ 2,2 mil.
Agora, em despacho de agências de notícias, o governo chinês pede que a população promova algum tipo de estoque de alimentos, sob o argumento de um repique de casos de 💥️covid em algumas províncias.
Mas ninguém garante que isso possa ser apenas desculpa para reprimir a inflação, tirando consumidores do mercado e dando continuidade às restrições de compras internacionais em geral, embora as 💥️autoridades sigam insistindo que não há risco à segurança alimentar do País.
Tudo isso pode ser pontual e mais dia menos dias a China tem que voltar a assumir seu protagonismo como maior comprador de carnes do Brasil, mas fica claro que o país vai lançar mão de seu instrumental para controlar a voracidade dos fornecedores globais sempre que puder.
E de pontualidade em pontualidade, vai refazendo seu sistema produtivo de proteína desestabilizado desde o início da peste suína africana (PSA) em 2018, que dizimou o plantel de suínos, a carne nacional.
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