Vice-presidente da União Europeia encontra Bolsonaro e saúda compromisso contra desmatamento
A União Europeia é o principal destino para a madeira extraída ilegalmente na Amazônia (Imagem: Reuters/Adriano Machado)
O governo brasileiro demonstrou um novo comprometimento com o fim do desmatamento ilegal na 💥️Amazônia e está ciente de que o problema é um obstáculo para aprimorar os laços com a 💥️Europa, afirmou o vice-presidente da 💥️União Europeia, Josep Borrell, nesta quinta-feira, após encontro com o presidente 💥️Jair Bolsonaro.
Borrell se reuniu rapidamente com Bolsonaro na primeira visita ao Brasil de um representante sênior da UE em nove anos. Ele manteve conversas também com os ministros do 💥️Meio Ambiente e das Relações Exteriores.
“A disposição está ali, porque os ministros sabem que será bom para o 💥️Brasil colocar fim na exploração ilegal da floresta amazônica”, disse Borrel à Reuters por telefone.
Nas reuniões climáticas da ONU em Glasgow nesta semana, o Brasil se juntou a mais de 100 países que se comprometeram a encerrar o desmatamento até 2030. O Brasil possui 60% da floresta amazônica, a maior do planeta, mas a destruição do ecossistema disparou desde que Bolsonaro chegou ao poder em 2023.
Borrell disse que o comprometimento do Brasil com a meta global de cortar emissões de gás metano, geradas pela agropecuária brasileira de grande escala, foi um outro passo na direção certa.
“Precisamos do Brasil no esforço global para combater a mudança climática. O mundo precisa do Brasil”, disse.
A União Europeia é o principal destino para a madeira extraída ilegalmente na Amazônia, e que normalmente é exportada com falsos documentos de comprovação de origem.
Borrell disse que a UE está preparada para endurecer a verificação dos documentos para a madeira importada do Brasil para combater o comércio ilegal que movimenta bilhões de dólares por ano.
“Precisamos fazer a nossa parte para combater isso”, disse.
Sem um avanço brasileiro na frente ambiental, e especialmente em relação ao desmatamento, os países membros não irão aprovar um acordo comercial da UE com o Mercosul que está sendo preparado há duas décadas, afirmou Borrell.
“Claramente há uma resistência grave à aprovação do acordo em alguns países que consideram as proteções ambientais insuficientes”, disse.
Um documento que seria anexado ao acordo comercial contendo compromissos ambientais ainda não foi elaborado. “Estamos fazendo. É mais difícil do que parece”, disse Borrell.
Diplomatas europeus disseram que não desistiram do acordo com o Mercosul, mas que é improvável que a Comissão Europeia leve o documento ao Conselho Europeu em breve.
“O Brasil está indo melhor, mas precisa fazer mais para melhorar sua imagem”, disse um diplomata familiarizado com o assunto.
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