Premiê iraquiano preside reunião de segurança após ser atacado por drone

O premiê do Iraque Mustafa al-Kadhimi

Tensão: eleições gerais reduziram poder de milícias apoiadas pelo Irã na política do Iraque (Imagem: REUTERS/ Stefanie Loos)

O primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al-Kadhimi, escapou ileso de uma tentativa de homicídio por drone armado em Bagdá, disseram autoridades neste domingo, em um incidente que aumenta drasticamente a tensão no país semanas após uma eleição geral que viu as milícias apoiadas pelo 💥️Irã se enfraquecerem.

Kadhimi apareceu em vídeo publicado pelo seu gabinete neste domingo, presidindo uma reunião com os principais comandantes de segurança para debater medidas após o ataque de drone.

“O covarde ataque terrorista que teve como alvo a casa do primeiro-ministro na noite passada com o objetivo de assassiná-lo é um sério ataque ao Estado iraquiano por parte de grupos criminosos armados”, disse o gabinete do chefe de Estado em um comunicado divulgado após a reunião.

Seis membros da força de proteção pessoal de Kadhimi que estavam do lado de fora de sua residência na Zona Verde ficaram feridos, disseram fontes de segurança à Reuters.

Três drones foram usados no ataque, incluindo dois que foram interceptados e abatidos pelas forças de segurança enquanto um terceiro drone atingiu a residência, disse a agência de notícias estatal INA, citando um porta-voz do Ministério do Interior.

Um porta-voz do comandante-chefe das forças armadas disse que a situação da segurança estava estável dentro da Zona Verde & que abriga a residência, prédios do governo e as embaixadas estrangeiras& após o ataque.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ato.

O ataque aconteceu dois dias depois de violentos confrontos em Bagdá entre as forças do governo e militantes de grupos políticos apoiados pelo Irã, a maioria dos quais contam com alas armadas, já que esses grupos perderam dezenas de assentos no parlamento após a eleição geral do último dia 10 de outubro.

Kadhimi pediu uma investigação para averiguar as mortes e os feridos entre os manifestantes e as forças de segurança nesses confrontos.

O presidente Barham Salih condenou o ataque como um crime hediondo contra o Iraque. “Não podemos aceitar que o Iraque seja levado para o caos e para um golpe contra seu sistema constitucional”, disse ele em um tuíte.

O clérigo muçulmano xiita Moqtada al-Sadr, cujo partido foi o maior vencedor na eleição do mês passado, classificou o ataque como um ato terrorista contra a estabilidade do país que teve como objetivo “devolver o Iraque a um estado de caos a ser controlado por forças não governamentais”.

Os Estados Unidos, a Arábia Saudita e o Irã condenaram o ataque.

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