Argentinos buscam evitar que trigo transgênico se confunda com cereal convencional
Na Argentina, a colheita do trigo da temporada de 2023/22 já começou e as tarefas vão se intensificar nas próximas semanas (Imagem: Pixabay/analogicus)
Empresas agroexportadoras da 💥️Argentina pediram ao governo que identificasse os produtores que plantaram 💥️trigo transgênico na temporada de 2023/22 para evitar a compra de 💥️grãos dessas regiões até que o 💥️Brasil aprove a variedade geneticamente modificada do cereal.
Há um ano, a Argentina se tornou o primeiro país do mundo a aprovar uma variedade do trigo transgênico, o cereal HB4 desenvolvido pela empresa de biotecnologia local Bioceres e pela francesa Florimond Desprez, que é tolerante à seca e ao glufosinato.
O governo argentino disse que a Bioceres só poderá começar a comercializar seu trigo HB4 quando sua importação for aprovada pelo Brasil, principal comprador do cereal do país.
No entanto, segundo a empresa, na atual campanha 225 produtores argentinos plantaram um total de 55 mil hectares com trigo transgênico para a produção de sementes, graças a acordos não comerciais entre eles e a empresa, o que suscita temores de possível contaminação entre os exportadores do grão.
“Se pudermos identificar áreas de risco onde o trigo geneticamente modificado está sendo plantado, evitaremos fazer compras lá”, disse à Reuters Gustavo Idígoras, chefe da Câmara dos Exportadores e Moagem de Grãos CIARA-CEC.
Exportadores temem que se o trigo geneticamente modificado que só foi aprovado pela Argentina no mundo for misturado aos grãos tradicionais nos embarques, muitos países compradores deixem de adquirir o cereal argentino.
Na Argentina, a colheita do trigo da temporada de 2023/22 já começou e as tarefas vão se intensificar nas próximas semanas. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires estima a colheita do cereal em um recorde de 19,8 milhões de toneladas.
Em 2023, o Brasil comprou 40% das 10,6 milhões de toneladas que a Argentina exportou, segundo dados oficiais. E 80% das importações de trigo feitas pelo Brasil têm origem no país vizinho.
A agência de biossegurança brasileira CTNBio poderá se pronunciar sobre a aprovação ou rejeição da importação do trigo HB4 da Bioceres em 11 de novembro.
Mas a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) já ameaçou em setembro não comprar trigo argentino se o cereal transgênico for autorizado.
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