Ômicron ameaça, mesmo, a retomada do turismo brasileiro nesta alta temporada?

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“O aumento do percentual da população brasileira vacinada eleva ainda mais a possibilidade de um crescimento do turismo”, diz Bruno Madruga (Imagem: edmont77/DepositPhotos)

Em um cenário de isolamento social devido à 💥️pandemia da covid-19, o 💥️turismo foi uma das atividade mais afetadas no Brasil em 2023.

Já neste ano, principalmente nos últimos feriados, o aumento das atividades turísticas tem mostrado que a alta temporada de 2023 não será tão afetada, quanto foi ano passado, apesar da pandemia ainda perdurar.

Segundo dados repassados pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV Nacional) ao 💥️Money Times, nos últimos meses, 76,9% das agências de viagens perceberam aumento de novos clientes solicitando ajuda na organização das viagens.

Só no feriado de 15 de novembro, o Parque Nacional do Iguaçu, onde ficam as Cataratas do Iguaçu, por exemplo, registrou a maior visitação de um feriado prolongado desde a reabertura, com mais de 22 mil turistas.

Para as festas de final de ano, o cenário não é diferente. Segundo a ABAV, a procura por saídas no Natal e Réveillon cresceu mais de 60% nas últimas semanas. A associação divulgou que os destinos mais requisitados pelos turistas são: Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Salvador e Florianópolis.

De acordo com o head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, Bruno Madruga, o Brasil passa por um momento de demanda reprimida no setor turístico, em virtude das restrições no último ano. “O aumento do percentual da população brasileira vacinada eleva ainda mais a possibilidade de um crescimento desse setor, até mesmo pela sazonalidade”, completa.

Mas, afinal, o turismo brasileiro está em processo de retomada?

A alta temporada vai impulsionar o turismo brasileiro?

Segundo o executivo da Monte Bravo, a retomada do setor já está acontecendo e a expectativa é que as férias de verão impulsionem ainda mais o turismo brasileiro, com destaque para o turismo doméstico.

“A perspectiva é que os próximos períodos de alta temporada retomem o fluxo antes da pandemia, pois estamos bem acelerados na recuperação desse setor. Acredito que, para 2022, esta deva ser uma retomada bastante relevante”, afirma Madruga.

O executivo e os dados da ABAV ressaltam que, para os próximos meses, quem ganhará destaque é o turismo nacional. Segundo a ABAV, o turismo dentro do Brasil está próximo dos níveis pré-pandêmicos.

O Ministro do Turismo, Gilson Machado, afirmou em coletiva à imprensa que acredita que o Brasil é a maior oportunidade de turismo pós-pandemia. “O turismo de natureza é a bola da vez, pessoas que antes iam para fora agora estão ‘redescobrindo’ o Brasil”, completa.

Já o turismo internacional não vê as mesmas perspectivas. Para Bruno Madruga, um dos motivos que pode minimizar o número de viagens para o exterior é a alta cambial.

A ABAV afirmou que o turismo internacional está sendo retomado agora, registrando cerca de 50% dos níveis pré-pandemia na última semana de novembro. Porém, esta retomada pode ser freada pela nova variante do coronavírus, a 💥️Ômicron.

A variante Ômicron irá ameaçar a retomada do turismo?

Com a rápida disseminação da nova variante da África do Sul e alguns países fechando suas fronteiras para estrangeiros, como 💥️Japão e Israel, a fim de conter o vírus, o número de brasileiros saindo do país deve diminuir e pode trazer incertezas para a retomada do turismo.

Segundo Madruga, para analisar o cenário no Brasil é necessário aguardar o pronunciamento de especialistas. Porém, o executivo ressalta que, com um maior número de vacinados, a variante “pode não ser uma interferência para o turismo doméstico no curto prazo”.

O head de renda variável da Monte Bravo ainda ressalta que o impacto do fechamento de fronteiras não deve ser tão ruim quanto em 2023. “A expectativa é que impacto seja bem mais positivo, pelo menos para o turismo interno”, completa.

É hora de se posicionar no setor de turismo?

De acordo o executivo da Monte Bravo, o investimento nas companhias de turismo varia conforme o perfil e objetivo do investidor.

“É interessante estar no setor [de turismo], mas é um segmento que exige cautela, porque tem custos em dólar e receita em reais, além de ter uma dependência muito relevante do preço do 💥️petróleo“, afirma Madruga.

O executivo ainda ressalta que, seguindo o consenso da Bloomberg, para as ações da 💥️Gol (💥️GOLL4), a recomendação é de manter os papéis, com preço-alvo de R$ 21,32, potencial de retorno de 37%.

Já para a 💥️Azul (💥️AZUL4), a Bloomberg afirma que 50% dos analistas que cobrem as ações indicam a compra, com preço-alvo de R$ 40,44, alta potencial de 67%.

Por fim, para a 💥️CVC (💥️CVCB3), o consenso entre 50% dos analistas é para compra e dos outros 50% é de manter os papéis, com preço-alvo de R$25,33, potencial retorno de 65%.

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