Dólar flerta com R$ 5,70 em semana que antecede Copom

Dólar

Nesse contexto, o dólar, considerado porto seguro, valorizou-se (Imagem: Pixabay/Foto-Rabe)

O 💥️dólar (💥️USDBLR) fechou em alta nesta sexta-feira, perto de 5,68 reais e na máxima desde abril, alavancado por um movimento global de busca por segurança que dominou os mercados nesta sessão e minou várias classes de ativos de risco, como 💥️ações e moedas emergentes.

Temores sobre efeitos potenciais da variante 💥️Ômicron do 💥️coronavírus sobre a economia global, dados abaixo do esperado do mercado de trabalho norte-americano e um tom persistentemente duro de membros do banco central dos 💥️EUA acerca da 💥️inflação alta compuseram um quadro que forçou nova liquidação de ativos de risco no mundo ao fim de uma das mais voláteis semanas dos últimos meses.

Nesse contexto, o dólar, considerado porto seguro, valorizou-se. Aqui, a moeda negociada no mercado à vista fechou em alta de 0,34%, a 5,6785 reais, maior valor desde 13 de abril passado (5,7175 reais).

A moeda oscilou nesta sessão de 5,6018 reais (-1,02%) a 5,6875 reais (+0,50%).

Na semana, a cotação ganhou 1,47%. Em três dias de dezembro o dólar acumula ganho de 0,74%. No ano, o salto é de 9,38%.

O dólar subiu menos no 💥️Brasil do que contra alguns pares nesta sexta, com o mercado doméstico ainda surfando na aprovação da PEC dos Precatórios pelo Senado na véspera, o que concluiu pelo menos um capítulo da novela fiscal.

Mas ainda assim as compras da moeda norte-americana prevaleceram por aqui, num dia em que divisas emergentes e/ou correlacionadas às commodities lideraram as perdas globais nos mercados de câmbio, enquanto iene e franco suíço também considerados ativos seguros ganharam terreno.

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Na semana, a cotação ganhou 1,47%. Em três dias de dezembro o dólar acumula ganho de 0,74%. No ano, o salto é de 9,38% (Imagem: Pixabay/tinchoinfante)

Wall Street afundava até 2,4%, variação incomum para os padrões locais, com investidores incertos sobre os planos do banco central dos EUA de acelerar o processo de redução de estímulos num momento em que a pandemia volta a ganhar força e o mercado de trabalho dos EUA emite sinais confusos.

Um índice de moedas emergentes caía 0,3% nesta sexta e estava a caminho de fechar numa mínima desde pelo menos junho de 2010.

“Vejo o pano de fundo, no geral, como mais instável e desafiador para os ativos de risco”, disse Dan Kawa, diretor de investimentos e sócio da TAG Investimentos, que listou pontos como nova onda pandêmica na 💥️Europa e 💥️África (com piora nos EUA), preços de energia na Europa elevados e ausência de sinais de recuperação sustentável na China.

No Brasil, os temas fiscais seguem como fiel da balança, mas a próxima semana será forte em dados de inflação, com destaque para o 💥️IPCA de novembro a ser divulgado na sexta, dois dias depois da decisão de política monetária do Banco Central.

O 💥️Comitê de Política Monetária (Copom) deve aumentar a taxa básica de juros em 1,50 ponto percentual na próxima quarta-feira, em face de persistentes preocupações fiscais, e provavelmente reconhecerá a ameaça representada pela variante Ômicron da Covid-19, mostrou uma pesquisa da Reuters.

O juro básico está em 7,75% ao ano.

Felipe Sichel, estrategista-chefe do Modalmais, calculou que a inflação ficaria no teto (5%) do intervalo de tolerância para a meta em 2022 com uma taxa de câmbio de 4 reais por dólar e Selic de 13%.

“Para o ano que vem, destaca-se, ainda, o impacto cambial sobre as projeções de IPCA em nossa modelagem. Em específico, esperamos um ano com bastante incerteza devido ao ambiente eleitoral e ao cenário externo com retirada de estímulos fiscais e monetários nas economias avançadas”, disse em relatório.

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