Crescem esperanças de acordo entre Argentina e FMI; mas a que custo?
Argentinos temem o potencial impacto de um acordo sobre os gastos públicos, que têm sido fundamentais para ajudar a sustentar o crescimento neste ano (Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian)
O ativista trabalhista Alejandro Bodart marchou pelas ruas de 💥️Buenos Aires há duas décadas para protestar contra o 💥️Fundo Monetário Internacional (💥️FMI), que muitos culparam pelas medidas de austeridade que agravaram a pior crise econômica de todos os tempos na 💥️Argentina.
Agora Bodart está na linha de frente novamente, temendo que um novo acordo para rolar 45 bilhões de dólares que a Argentina não pode pagar, aparentemente próximo, significará mais restrições de gastos no país sul-americano, onde mais de uma em cada quatro pessoas vive na pobreza.
“Haverá resistência social”, disse Bodart, secretário-geral do 💥️Movimento Socialista dos Trabalhadores (💥️MST), à 💥️Reuters.
“Não vemos a possibilidade de um país viável no âmbito de um acordo com o FMI, por isso acreditamos que ele deva ser rejeitado.”
A visão de Bodart está no extremo da escala, mas ressalta o desafio enfrentado pelo FMI e pelo presidente de centro-esquerda da Argentina, 💥️Alberto Fernández, enquanto buscam fechar um acordo que equilibre a responsabilidade fiscal e a necessidade de crescimento.
Argentinos temem o potencial impacto de um acordo sobre os gastos públicos, que têm sido fundamentais para ajudar a sustentar o crescimento neste ano, enquanto o governo pode sofrer um golpe político de qualquer medida de austeridade antes das eleições presidenciais de 2023.
Fernández e seu ministro da Economia, 💥️Martín Guzmán, disseram que o novo acordo deve evitar ajustes fiscais que prejudiquem a recuperação econômica após anos de recessão e a pandemia de 💥️Covid-19.
Uma fonte do governo disse à Reuters em novembro que o principal ponto de conflito com o FMI é como reduzir o déficit fiscal sem uma “política de gastos contracionista”. Em vez disso, o governo quer melhorar a arrecadação de impostos e obter fundos de outros credores.
Edward Moya, analista da corretora de câmbio Oanda, disse que um novo pacto provavelmente envolveria a terceira maior economia da 💥️América Latina tendo que aceitar algumas decisões desagradáveis.
“A Argentina ainda está lutando contra um terrível problema de 💥️dívida, uma crise cambial e falta de reservas, razão pela qual eles não têm dinheiro para pagar o FMI”, disse Moya.
“Este filme provavelmente não terminará bem para os argentinos, pois o FMI exigirá grandes cortes nos gastos públicos.”
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