Autoridades do BCE alertam contra complacência diante da inflação

François Villeroy de Galhau

Depois de o Banco Central Europeu elevar suas projeções de inflação de forma geral, Villeroy disse que a inflação provavelmente atingiu o pico e agora convergirá para a meta de 2% do BCE em 2023 e 2024 (Imagem: Reuters/Sarah Meyssonnier)

O 💥️Banco Central Europeu (💥️BCE) pode estar subestimando os riscos inflacionários, disse um grupo diversificado de autoridades nesta sexta-feira, horas depois de a instituição ter ampliado medidas de estímulo existentes antes da pandemia para continuar incentivando as altas dos preços.

A inflação já excedeu as previsões mais pessimistas dos últimos meses, e o BCE na quinta-feira quase dobrou sua projeção para a alta dos custos em 2022, mas continuou a argumentar que as pressões de longo prazo são insuficientes e que o crescimento dos preços pode voltar a ficar abaixo de sua meta de 2%.

Expressando preocupação com essa perspectiva, os presidentes dos bancos centrais de 💥️Alemanha, 💥️Portugal e Lituânia afirmaram que a 💥️inflação corre risco de ultrapassar as projeções do BCE, uma vez que o crescimento dos salários poderia se tornar mais persistente e alimentar elevação nos preços.

“Os riscos para a taxa de inflação estão tendendo para cima, tanto na Alemanha quanto na área do euro como um todo”, disse o presidente do Bundesbank, o banco central alemão, Jens Weidmann, crítico frequente da política monetária ultra-acomodatícia do BCE.

“Os formuladores de política monetária não devem ignorar esses riscos. Precisamos estar vigilantes.”

Endossando as advertências de Weidmann, o banqueiro central lituano Gediminas Simkus também alertou que a inflação pode acabar ultrapassando a taxa de 1,8% que o BCE está prevendo para 2023 e 2024.

Até o presidente do banco central português, Mário Centeno, que normalmente toma partido das autoridades de posicionamento mais tolerante em relação à alta dos preços, concordou.

“O balanço de riscos para a 💥️zona do euro (sobre inflação) é de risco para cima”, disse ele a repórteres, alertando sobre possibilidade de efeitos secundários do atual aumento da inflação.

O presidente do banco central francês, por sua vez, observou que o risco de baixa na inflação é limitado e que o crescimento dos preços não deve voltar aos níveis anêmicos experimentados antes da pandemia.

O BCE passou quase uma década sem atingir sua meta de inflação.

“Depois da crise, não vamos voltar ao regime pré-Covid de inflação muito baixa”, disse Villeroy à rádio francesa BFM Business.

“Há um novo regime de inflação em torno da meta de 2%. De certa forma, parece mais o que tínhamos antes da crise financeira”, acrescentou.

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