EPE: consumo de energia é recorde para novembro, puxado por indústria e comércio
O consumo avançou 1,4% em comparação com mesmo período de 2023, revertendo a retração apresentada no mês de outubro (Imagem: Pixabay/JonKline)
O 💥️consumo de eletricidade em novembro no 💥️Brasil foi o maior para o mês em toda a série histórica, desde 2004, atingindo 41.940 gigawatts-hora (GWh), informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta quinta-feira, 30.
O consumo avançou 1,4% em comparação com mesmo período de 2023, revertendo a retração apresentada no mês de outubro.
O comércio e a indústria tiveram um bom desempenho e puxaram a expansão, segundo a EPE. Em 12 meses, o consumo totalizou 499.361 GWh, crescimento de 5,3% comparado ao período anterior.
O mercado livre apresentou alta de 8,2% no consumo no mês passado, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de 💥️energia elétrica retraiu 2,5% em novembro, informou a EPE.
Indústria
O consumo de eletricidade na 💥️indústria subiu 3,9% em novembro, em comparação com igual período de 2023, registrando 15.357 GWh, o maior para novembro desde 2014.
À exceção do Sul (+0,1%) em estabilidade, todas as regiões geográficas apresentaram crescimento do consumo industrial, com destaque para Nordeste (+8,2%) e Norte (+8,0%) que anotaram as maiores expansões, seguidos por Sudeste (+3,7%) e Centro-Oeste (+3,6%).
Entre os estados, Alagoas (+34,4%) ainda se destaca com a maior taxa, devido ao efeito base baixa no setor químico.
Oito dos dez segmentos mais eletrointensivos da indústria aumentaram o consumo em novembro de 2023, comparado com 2023.
Lideraram a expansão: metalurgia (+253 GWh); extração de minerais metálicos (+133 GWh), alavancada pela retomada da atividade em 💥️Minas Gerais e 💥️Espírito Santo; produtos alimentícios (+122 GWh); produtos químicos (+89 GWh) e Papel e Celulose (+85 GWh).
O aumento no volume das exportações da Indústria de Transformação contribui, em parte, para os resultados, informou a EPE.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do 💥️Ministério da Economia, os principais produtos exportados pelo setor no mês foram carnes de aves, veículos para transporte de mercadorias e celuloses. Também houve crescimento nas exportações de produtos siderúrgicos.
Paradas programadas e não programadas em alguns grandes consumidores industriais durante o mês de novembro também interferiram no resultado de alguns setores como: produtos químicos, limitando a expansão do consumo no mês; e papel e celulose, que comprou mais energia do sistema interligado.
Comércio
O consumo de energia elétrica da classe comercial foi de 7.549 GWh, representando um crescimento de 5,6% em novembro de 2023 em relação a novembro de 2023.
O setor de vendas do 💥️varejo, impulsionado pelas promoções da 💥️Black Friday durante o mês de novembro, e o setor de serviços prestados às famílias, em especial alojamento e alimentação, contribuíram para o aumento do consumo de energia elétrica da classe.
O avanço da vacinação contra a covid-19 no País tem impactado na melhora do desempenho do comércio. Todas as regiões registraram crescimento no consumo dessa classe.
A região Nordeste (+12,2%) foi a que registrou a maior expansão, seguida pela região Sul (+7,6%), Norte (+4,6%), Sudeste (+3,7%) e Centro-Oeste (+1,2%). Entre as Unidades da Federação, as maiores taxas de consumo do comércio no País foram registradas no 💥️Amapá (+33,1%), 💥️Bahia (+20,5%), 💥️Rio Grande do Norte (+19,8%) e 💥️Rio Grande do Sul (+18,1%).
Por outro lado, 💥️Rondônia (-8,3%), 💥️Mato Grosso (-7,1%), 💥️Acre (-6,6%), 💥️Rio de Janeiro (-4,1%) e 💥️Mato Grosso do Sul (-1,1%) foram os únicos estados que registraram retração no consumo.
Residencial
O consumo de energia elétrica da classe residencial caiu 3,1% em novembro deste ano comparado ao mesmo mês do ano anterior, registrando 12.386 GWh.
As regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste foram afetadas por temperaturas mais amenas e maior volume de chuvas, contribuindo para a queda do consumo das residências em novembro de 2023.
O Programa de Incentivo à Redução Voluntária do Consumo de Energia Elétrica do governo federal e a adoção da Bandeira Tarifária Escassez Hídrica, em vigor desde setembro, também podem ter influenciado a redução do consumo de energia elétrica nessa classe.
A região Centro-Oeste (-6,6%) foi a que teve o maior encolhimento do consumo. Seguida do Sudeste (-5,4%), Nordeste (-0,6%) e por último, o Sul (-0,3%).
O consumo de energia elétrica da classe residencial caiu 3,1% em novembro deste ano comparado ao mesmo mês do ano anterior, registrando 12.386 GWh (Imagem: PAC/Agência Senado)
A EPE destacou, porém, que se for considerado o ajuste pelo ciclo de faturamento das distribuidoras da região, o consumo teria sido ligeiramente positivo no Sul (+0,6%). Já, a região Norte (+3,6%) foi a única que apresentou aumento do consumo.
Os Estados que apresentaram as maiores quedas foram: Mato Grosso (-16,6%) e Rio de Janeiro (-10,4%). Já as maiores taxas de expansão de consumo foram registradas em Roraima (+23,9%) e no Amapá (+22,6%). O Amapá, ficou sob o efeito base baixa em função do apagão ocorrido em novembro do ano passado.
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