Dólar sai de picos atingidos após dados de emprego dos EUA, mas mira ganhos na 1ª semana de negócios do ano

Dólar

Às 11:43 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,30%, a 5,6633 reais na venda (Imagem: Pixabay/Engin_Akyurt)

O 💥️dólar saiu de máximas acima dos 5,70 reais atingidas mais cedo nesta sexta-feira, com investidores digerindo um relatório de 💥️emprego dos 💥️Estados Unidos que, embora mais fraco do que o esperado, segue condizente com um mercado de trabalho apertado, reforçando expectativas de aumentos antecipados de juros na maior economia do mundo.

Às 11:43 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,30%, a 5,6633 reais na venda. Na máxima do dia, atingida pouco depois da divulgação dos dados norte-americanos, a divisa foi a 5,7114 reais na venda, alta de 0,55%.

Na 💥️B3 (💥️B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,37%, a 5,6935 reais.

Com esse desempenho, a moeda spot ficava a caminho de encerrar a semana em alta de 1,6%, depois de ter fechado o último pregão de 2023 em 5,5735 reais na venda.

O Departamento do Trabalho norte-americano informou nesta sexta-feira a criação líquida de 199 mil postos de trabalho fora do setor agrícola dos EUA em dezembro.

Embora a leitura tenha vindo abaixo da expectativa em pesquisa da 💥️Reuters, de abertura de 400 mil empregos, dados de novembro foram revisados para cima, mostrando criação de 249 mil postos de trabalho, em vez dos 210 mil relatados anteriormente.

Além disso, a taxa de 💥️desemprego norte-americana caiu para 3,9%, ante 4,2% em novembro.

“Isso já é praticamente abaixo de (uma taxa de desocupação condizente com) pleno emprego; ou seja, é um mercado de trabalho extremamente aquecido, uma recuperação impressionante para os Estados Unidos como um todo”, comentou Gustavo Cruz, economista e estrategista da 💥️RB Investimentos.

Ele chamou a atenção para os ganhos médios salariais na maior economia do mundo, que, segundo o relatório desta sexta-feira, subiram 0,6% em dezembro. Isso é um forte argumento a favor de um aumento de 💥️juros pelo 💥️Federal Reserve, o banco central dos EUA, já em março deste ano, afirmou Cruz.

Na esteira do “payroll”, os futuros dos juros norte-americanos passaram a indicar 90% de chance de um alta nos custos dos empréstimos pelo Fed em sua reunião de março.

Os rendimentos dos títulos norte-americanos de dez anos & considerados os ativos mais seguros do mundo& subiam em meio às perspectivas crescentes de juros mais altos, o que, de acordo com Cruz, ajudaria a explicar a alta do dólar frente ao 💥️real vista mais cedo. “Se você tem uma alta na taxa do Treasury de dez anos, ativos de mais risco ficam menos interessantes.”

A expectativa de taxas de 💥️empréstimo mais altas nos Estados Unidos já haviam sido impulsionadas mais cedo nesta semana, após a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fed.

O documento revelou maior preocupação com a inflação elevada por parte das autoridades do banco central, que também enxergam condições de aperto no mercado de trabalho, o que justificaria aumento nos custos dos empréstimos antes do esperado e, posteriormente, redução do balanço do banco.

“A ata do Fed para a reunião de dezembro foi ‘hawkish’ (mais dura em relação à inflação) e riscos menores relacionados à variante 💥️Ômicron significam que o Fed pode ser ainda mais ‘hawkish’ agora”, disse o Citi em relatório divulgado na madrugada desta sexta-feira (no horário de Brasília).

“Com os rendimentos dos Estados Unidos provavelmente subindo com a aproximação do aumento de juros pelo Fed, esperamos um 💥️câmbio de 💥️mercados emergentes mais fraco” no início de 2022, acrescentou o credor norte-americano.

No Brasil, entretanto, o real pode “continuar a se beneficiar de um ‘carry’ (taxa de retorno oferecida pela moeda) mais alto na esteira de um ciclo de elevação de juros que foi mais rápido do que a média dos mercados emergentes”, disse o Citi, ainda que riscos como a desaceleração do crescimento e a deterioração fiscal continuem no radar.

A 💥️taxa Selic está atualmente em 9,25% ao ano, depois de ser elevada ao longo de 2023 ante uma mínima histórica de 2% atingida durante a pandemia de 💥️Covid-19.

A expectativa na mais recente pesquisa semanal 💥️Focus, do 💥️Banco Central, é de que os juros básicos fechem este ano em 11,50%.

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