“Eleição não me preocupa. Bolsa está bem barata”, diz Braga, da Encore; veja as ações favoritas da gestora
Commodities é uma das apostas da gestora (Imagem: REUTERS/Raheb Homavandi)
A perspectiva de bom desempenho das ações ligadas às commodities, a entrada de investidores estrangeiros e a redução dos resgates dos fundos locais devem trazer alívio para a bolsa brasileira neste início de ano, diz João Luiz Braga, sócio-fundador da Encore, em entrevista.
Atualmente, um terço da carteira da Encore é formada por commodities, incluindo 💥️Vale (💥️VALE3), 💥️Usiminas (💥️USIM5) e 💥️PetroRio (💥️PRIO3) — esta última ganhou espaço da 💥️Petrobras (💥️PETR4💥️). Braga vê sinais de melhora da economia da 💥️China, onde os estímulos adotados recentemente começam a surtir efeito.
Além disso, ele considera que as avaliações dos preços das empresas de commodities estão baixas em razão da expectativa de queda nos preços matérias-primas, o que não se concretizou.
A carteira da Encore também tem um terço de ativos chamados de “anti-frágeis”, como papéis do setor elétrico, que oferecem proteção contra inflação. Outro terço está em “atacantes”, formado por ações de empresas com potencial de crescimento, como 💥️Unidas (💥️LCAM3), 💥️Intermédica (💥️GNDI3), 💥️Mercado Livre e 💥️Totvs (💥️TOTS3).
Estrangeiros
No início deste ano, o investidor estrangeiro continua comprando na bolsa brasileira, enquanto os institucionais vendem para fazer ajustes aos resgates vistos nas carteiras nos últimos dois meses, segundo Braga.
Entre 3 e 12 de janeiro, os 💥️estrangeiros já entraram com R$ 6,8 bilhões na B3. Os investidores institucionais fizeram vendas líquidas de R$ 7,2 bilhões no mesmo período.
Para ele, esse fluxo de venda dos investidores institucionais deve diminuir com a desaceleração dos resgates e, junto com o ingresso de estrangeiros, pode trazer um alívio relevante para a bolsa.
Além dos preços depreciados dos ativos, a bolsa tende a se beneficiar da percepção de que câmbio tem “gordura”, diante da balança comercial recorde em 2023 e do diferencial de juros. Estrangeiro hoje não tem tanto medo de “ganhar na bolsa e perder no câmbio”, diz.
Ele também afirma que o investidor internacional já assume que existe barulho político quando aporta recursos em países como o Brasil. “Eleição não me preocupa. Bolsa está bem barata.”
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