Blinken chega a Berlim para conversas sobre Ucrânia com aliados europeus
Blinken afirmou na quarta-feira que o acúmulo de dezenas de milhares de tropas russas está acontecendo “sem provocação, sem motivo” (Imagem: Manuel Balce Ceneta/Pool via REUTERS)
O secretário de Estado dos 💥️Estados Unidos, Antony Blinken, chegou a Berlim para conversar com aliados nesta quinta-feira em uma iniciativa diplomática para desatar as tensões com a Rússia em relação à Ucrânia, um dia depois de avisar que Moscou poderia atacar o país vizinho “dentro de muito pouco tempo”.
O presidente norte-americano, 💥️Joe Biden, previu na quarta-feira que o presidente russo, 💥️Vladimir Putin, fará uma ação militar na 💥️Ucrânia após acumular tropas em suas fronteiras, mas uma invasão em escala total poderia provocar uma resposta que pode sair caro para a 💥️Rússia e sua 💥️economia.
Blinken, que prometeu em Kiev na quarta-feira que Washington iria buscar a diplomacia enquanto conseguisse, vai participar de reuniões com 💥️Alemanha, 💥️França e💥️ Reino Unido antes de se dirigir a Genebra para encontrar o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na sexta-feira.
Ele também fará um discurso em Berlim com a intenção de contextualizar as tensões na 💥️Europa e os riscos envolvidos, afirmou uma autoridade do Departamento de Estado.
Com o objetivo de atingir o público europeu, assim como os formuladores de políticas, o discurso irá projetar a crise em relação à Ucrânia como um momento crítico para a ordem internacional fundamentada em regras, afirmou a autoridade.
Blinken, principal diplomata dos EUA, dirá que as ações da Rússia levantam a pergunta sobre até onde irão os esforços de Moscou para reconstruir o império soviético, mas Washington ainda acredita que uma solução diplomática seja possível.
As negociações entre Rússia e EUA na semana passada não produziram avanços.
A Alemanha sinalizou na terça-feira que pode suspender a construção do gasoduto Nord Stream 2, vindo da Rússia, se o governo de Moscou invadir a Ucrânia.
Blinken afirmou na quarta-feira que o acúmulo de dezenas de milhares de tropas russas está acontecendo “sem provocação, sem motivo”.
O Kremlin disse que as tensões em torno da Ucrânia estão aumentando e ainda espera por uma resposta dos EUA por escrito para suas demandas amplas por garantias de segurança do Ocidente.
As declarações pessimistas de quarta-feira destacam o abismo entre Washington e Moscou antes das negociações entre Blinken e Lavrov na sexta-feira, que foram classificadas por um analista de política externa russo como “provavelmente a última parada antes do desastre”.
A Rússia também moveu tropas para Belarus para o que chama de exercícios militares conjuntos, o que garante a opção de atacar a vizinha Ucrânia a partir do norte, do leste e do sul.
Há oito anos, a Rússia tomou a Crimeia e forças separatistas com seu apoio tomaram o controle de grandes partes do território ucraniano, mas o governo de Moscou nega consistentemente as intenções de invadir agora.
A Rússia diz que se sente ameaçada pelo crescimento dos laços de Kiev com o Ocidente e quer impedir que a Ucrânia se junte à aliança militar 💥️Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e que a aliança retire suas tropas e armamentos do leste Europeu.
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