Dólar sobe quase 1% ante real, mas ainda caminha para 2ª baixa semanal consecutiva
Às 9:05 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,63%, a 5,4512 reais na venda (Imagem: Pixabay/Engin_Akyurt)
O 💥️dólar tinha forte alta frente ao real na manhã desta sexta-feira, chegando a avançar quase 1% depois de registrar desvalorizações acentuadas nos dois últimos pregões, mas ainda estava em curso de registrar sua segunda semana consecutiva de perdas.
Às 9:48 (💥️de Brasília), o dólar à vista avançava 0,73%, a 5,4567 reais na venda. No pico intradiário, a moeda foi a 5,4704 reais (+0,98%).
Na B3, às 9:48 (💥️de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,60%, a 5,4660 reais.
Vários investidores apontavam para clima de maior cautela no exterior nesta sexta-feira, depois de duas sessões amplamente positivas para ativos considerados arriscados.
As bolsas europeias e os futuros de Wall Street registravam perdas nesta manhã, enquanto o dólar australiano & muitas vezes tido como uma “proxy” de demanda por risco& perdia terreno.
O foco dos mercados estava sobre a política monetária do 💥️Federal Reserve, em meio a expectativas de que o banco central dos Estados Unidos comece a elevar os juros já em março deste ano de forma a domar uma inflação persistente.
Na semana que vem, o Fed realiza sua primeira reunião de 2022, o que pode afastar investidores de grandes apostas no curtíssimo prazo.
No 💥️Brasil, cujo regime fiscal tem dominado a atenção de investidores há meses, os holofotes estavam sobre sanção do Orçamento de 2022 pelo presidente 💥️Jair Bolsonaro, cujo prazo se esgota nesta sexta-feira.
O presidente tem dado sinais trocados sobre o assunto. Após afirmar em 2023 que o governo concederia aumento aos servidores, ele limitou a promessa apenas a profissionais da segurança e, neste mês, disse que não há garantia de reajuste para ninguém.
Bolsonaro, que está em visita internacional ao Suriname e à Guiana, antecipou a volta ao Brasil nesta sexta-feira, após anunciar nas redes a morte de sua mãe, Olinda Bonturi Bolsonaro, aos 94 anos.
Apesar da recuperação deste pregão, o dólar segue a caminho de perdas semanais de quase 1%, depois de fechar a última sexta-feira em 5,5125 reais na venda. Isso configuraria sua segunda semana consecutiva de desvalorização, período em que acumularia queda de quase 3%.
Em relatório divulgado na noite de quinta-feira, o 💥️Citi disse que os mercados brasileiros parecem ter recebido bem comentários do ex-presidente 💥️Luiz Inácio Lula da Silva (PT) & líder nas pesquisas de intenção de voto para a eleição de outubro& , que fez na quarta-feira acenos a partidos mais à direita.
“Isso gerou uma resposta positiva nos preços dos ativos nesta semana, tanto no mercado de câmbio quanto no de juros”, afirmaram os estrategistas do banco norte-americano.
“Apesar de seus comentários, Lula ainda é visto como o pior cenário para os preços dos ativos” brasileiros, acrescentou o Citi, afirmando que eles devem ter desempenho inferior ao de seus pares nos meses que antecederão o primeiro turno, algo comum em anos de decisões eleitorais.
Além dos comentários de Lula, participantes do mercado apontaram um arrefecimento nos rendimentos dos Treasuries & que saíram recentemente de máximas em dois anos& e um rali das commodities nos últimos dias como fatores de impulso para o real na semana.
Na véspera, o dólar spot caiu 0,92%, a 5,4172 reais, menor valor para um fechamento desde 11 de novembro do ano passado (5,4031 reais).
💥️(Atualizada às 09:57)
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