Oi (OIBR3): Saída da recuperação judicial pode atrair tubarões do mercado e colocar fim à volatilidade das ações?
Oi: Com fim da recuperação judicial, a empresa ficaria mais interessante, apontam analistas (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)
Os papéis da 💥️Oi (💥️OIBR3) dispararam nesta semana com a notícia de que o 💥️Cade, enfim, irá definir o futuro da venda da Oi Móvel para o consórcio formado por 💥️TIM (💥️TIMS3), 💥️Claro e 💥️Vivo (💥️VIVT3).
O mercado espera que o órgão aprove a operação, sem maiores dores de cabeça. Segundo analistas consultados pelo 💥️Money Times, os investidores ainda não precificaram esse movimento,💥️ o que explica a disparada do papel.
Mas qual o motivo do “ok” do Cade ser tão importante para a Oi?
A avaliação é de que o negócio é fundamental para que a tele possa respirar e ter capacidade de diminuir a dívida e força para investir onde importa: no disputado segmento de fibra óptica, como o traçado em seu plano de investimento.
“Ela precisa desse dinheiro para diminuir o endividamento e aumentar a capacidade de investimento. Se essa decisão sair, é uma ação que pode valer até R$ 3”, estima Flavio Conte, analista da 💥️Levante.
💥️Fim da recuperação judicial?
De acordo com a analista da 💥️Empiricus, Cristiane Fensterseifer, a aprovação do Cade é um passo a mais para que a empresa tenha fôlego para sair da sua 💥️recuperação judicial, que corre na justiça desde 2016.
“O fim da recuperação judicial foi determinado para março de 2022 pelo juiz ou quando forem concluídas as vendas da 💥️V.tal e da Móvel”, coloca. Segundo Fensterseifer, a Oi precisa se desfazer desses dois ativos para não correr o risco de carregar alguma obrigação sobre as unidades.
💥️O que o fim da recuperação judicial significa?
Para Cristiane, mais do que resolver as pendências na Justiça com credores, o fim da recuperação judicial da Oi colocaria a tele em outro patamar.
“O fato de a Oi ainda estar em RJ tem grande impacto na base de acionistas e impede que muitos fundos institucionais invistam na empresa, tanto nacionais como estrangeiros”, coloca.
Ou seja, a empresa poderia atrair os tubarões do mercado, jargão utilizado para se referir aos investidores institucionais, fazendo com que a ação tivesse mais consistência.
“A Oi hoje é uma das empresas com maior participação de pessoas físicas na negociação diária, tipo de investidor que amplia em geral a volatilidade, pois em geral costuma olhar mais fatos de curto prazo do que fundamentos de longo prazo, diferentemente de fundos e institucionais”, coloca.
Segundo Everton Medeiros, especialista da Valor Investimentos, o fim da recuperação judicial “com certeza” trará investidores institucionais. “Se torna uma empresa menos volátil e aumenta a previsibilidade”, completa.
Ele afirma ainda que a Oi vem cumprindo todo o processo de recuperação judicial de forma assertiva. “Isso é outro ponto positivo da empresa”.
Na visão da Régis Chinchila, da 💥️Terra Investimentos, os investidores institucionais podem fazer parte desse novo aporte, principalmente porque o modelo da Oi visa renegociação com os credores.
“Mas os desafios seguem pressionando a tese de investimentos, principalmente a redução de dívidas, melhorias operacionais e margens de crescimento. Esse fator ficará mais evidente nos próximos balanços da empresa”, afirma.
Mesmo com o fim da recuperação, Oi precisa entregar resultados
💥️Oi terá que mostrar resultados
Mesmo assim, alguns analistas afirmam que a companhia terá que mostrar resultados se quiser ganhar a confiança do mercado. De acordo com João Addouni, da 💥️Inversa, a Oi ainda queimará muito caixa, mesmo com a saída da recuperação judicial.
“Sair da RJ não necessariamente é um fator favorável, dado que com a recuperação judicial a empresa ganha prazos maiores para pagar seus fornecedores. A empresa precisará apresentar resultados melhores antes do movimento de alta ser algo mais robusto, como os investidores do papel esperam”, afirma.
Chinchila, da Terra Investimentos, prevê que a volatilidade das ações deve continuar por um bom tempo, até a empresa conseguir entregar melhores resultados. Já Medeiros, especialista da Valor Investimentos, enxerga na ação potencial de alta.
“Faz sentido o investidor ter na carteira, mas é importante destacar que, até pelo histórico de recuperação judicial, ela deve representar sempre a minoria do capital investimento, de 0,5% a 1%”, ressalta.
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