A qualidade do ar não melhorou da forma como você imagina após a pandemia
As regiões do planeta com maior redução nas taxas de NO₂ são as mais industrializadas (Imagem: Unsplash/Ella Ivanescu)
Os efeitos da pandemia e das medidas de isolamento social impostas pela 💥️Covid-19 foram sentidas (e muito) em todo o mundo. A recessão econômica, o desaceleramento industrial e a diminuição considerável da circulação de automóveis, além da população, também foram notadas pela 💥️natureza.
Entre as principais consequências dessas mudanças, está a melhora significativa na qualidade do ar ao redor do Planeta. Porém, o que os cientistas identificaram é que essa recuperação não aconteceu da forma como todos esperavam.
💥️Pesquisas realizadas pela Universidade de Washington, em St. Louis, nos EUA, demonstraram que apesar das diminuições de gases na atmosfera, os índices tiveram grandes variações em diferentes localidades. Inclusive com diferenças significativas entre regiões dentro de uma mesma cidade.
O sistema desenvolvido pelo pesquisador Randall Martin, do Departamento de Energia, 💥️Meio Ambiente e Engenharia Química da Universidade de Washington, permitiu o monitoramento via satélite dos níveis de dióxido de nitrogênio em áreas muito remotas.
O dióxido de nitrogênio (NO2), por sua vez, é um gás extremamente tóxico emitido por motores de combustão interna, como os motores a diesel. Suas principais fontes de emissão são 💥️indústrias, refinarias de 💥️petróleo e usinas de energia. A exposição a esse composto químico está relacionada com uma série de problemas de saúde, principalmente respiratórios.
De acordo com os dados coletados por Martin e sua equipe, “a diminuição global durante os lockdowns foi comparável a 15 anos de reduções anuais de emissões de gases”. Para o pesquisador, os resultados são fruto das limitações decorrentes da pandemia juntamente com os avanços 💥️tecnológicos presentes nos setores industrial e de energia.
Entretanto, a redução nas taxas de emissão de gases não foi tão uniforme quanto o esperado. O sistema utilizado foi capaz de detectar variações presentes em espaços de apenas 1km de distância, o que possibilitou a identificação de variáveis consideráveis em territórios muito pequenos.
Os avanços tecnológicos nos setores industrial e de energia colaboraram para redução da emissão de gases (Imagem: Unsplash/Maksym Kaharlytskyi)
Na cidade de Atltanta (Geórgia), nos 💥️EUA, por exemplo, houve uma diminuição de 28% na emissão de NO2 em toda a região metropolitana entre os meses de abril de 2023 e abril de 2023. Porém, as cidades com maior concentração industrial presenciaram uma redução de 40% nos índices, enquanto as regiões mais distantes apenas cerca de 10%.
Os dados, apesar de mostrarem uma grande diferença na distribuição das quedas de emissão comprovam que a pandemia impactou e muito a qualidade do ar global. O autor da pesquisa, Matt Cooper, afirmou que “embora os países de menor renda tenham menos probabilidade de ter monitoramento local da qualidade do ar, grandes mudanças na exposição ao NO2 ocorreram inegavelmente”.
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