Estoque de crédito cresce 16,5% em 2023 mesmo com juro bancário no maior nível da pandemia

Apesar da elevação das taxas, o nível de inadimplência permanece praticamente estável, encerrando dezembro em 3,1%, mesmo nível observado em novembro. No acumulado do ano, a alta total foi de 0,2 ponto percentual.

Em 2023, também houve crescimento no spread bancário, a diferença entre o custo de captação de recursos pelas instituições financeiras e o que elas cobram dos clientes na concessão do crédito.

O patamar do spread nas operações com recursos livres ficou em 23,7 pontos percentuais em dezembro, contra 23,0 pontos em novembro. No ano, a alta acumulada foi de 2,8 pontos.

💥️PESSOAS FÍSICAS

Em relação ao crédito oferecido a pessoas físicas, o BC afirmou que o destaque na subida dos juros médios em 2023 foi para o rotativo do cartão de crédito, que ficou em 349,6% ao ano em dezembro, uma alta de 21,8 pontos percentuais em 12 meses. O patamar é o mais elevado desde agosto de 2017, quando ficou em 392,3% ao ano.

A taxa do parcelado do cartão de crédito, por sua vez, subiu 19,6 pontos percentuais em 2023, a 168,5% ao ano.

Foi registrada ainda uma elevação de 12 pontos percentuais na tarifa do cheque especial, que fechou 2023 em 127,6% ao ano.

O crédito pessoal não consignado também está entre as maiores altas do ano. A taxa média subiu 10,8 pontos percentuais em 12 meses, atingindo 85,2% em dezembro.

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