Com escritório em Dubai, CNA quer hub para exportações não tradicionais e a outros mercados
Dubai converge para ser base das reexportações do agro brasileiro entre árabes e asiáticos (Imagem: Unsplash/mohdb1993)
Para uma região que o Brasil 💥️exportou US$ 14,4 bilhões do 💥️agronegócio em 2023 o mundo árabe pode representar até mais que esse valor. A região muçulmana estendida é vista com potencial multiplicador para setores não tradicionais do agronegócio e como porta de entreposto para a Ásia.
O novo impulso para isso vai ser dado com o escritório da 💥️Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que está sendo inaugurado em 💥️Dubai, nos Emirados Árabes.
“Ainda estamos selecionando a pessoa que ficará responsável aqui ainda”, informou a 💥️Money Times Gedeão Pereira, vice-presidente de Relações Internacionais, que está no país árabe, hub financeiro e reexportador árabe, em comitiva que também participa da feira GulfFood.
A representação da CNA vai funcionar junto com a Investe SP, a agência de fomento paulista inaugurada pela gestão do governador João Doria.
A agenda, para Pereira, está dada: “Os produtos tradicionais já têm seu canal construído e agora queremos abrir as portas para setores e empresas que ainda não têm expressão na região”.
Por tradicionais, encontram-se as exportações de proteínas de aves e bovinas, além de grãos, açúcar e café, os principais itens que impulsionaram a alta superior a 26%.
Terceiro maior bloco comprador do agronegócio brasileiro, a CNA também acredita na expansão para outros destinos, através da free zone de Dubai.
“O hub de exportação a outros países pode alcançar 1,7 bilhão de consumidores, estendendo para além do Oriente Médio e Golfo, e alcançando Irã e os países da Ásia até o Casaquistão”, explica o Michel Alaby, da Alaby & Associados, um dos principais especialistas a ajudar a abrir mais a região ao Brasil durante seus muitos anos na secretária-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira e chefe de várias missões comerciais.
O consultor acentua, também, que a representação da maior entidade brasileira do agronegócio deve estreitar relações com as entidades setoriais, como Abiec (bovinos), ABPA (aves), Unica (açúcar), entre outros, de modo a planejarem esforços conjuntos tendo a Apex Brasil ainda no apoio governamental.
Na mão inversa, Alaby aproveita para sugerir esforço da CNA para importação de componentes de fertilizantes, em uma área rica em exploração de petróleo.
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