Pré-Mercado: Flertando com a trégua

Qual será a reação do mercado com a ata do Fed em suas mãos? | O Grande Lebowski (1998)

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💥️Bom dia, pessoal!

Lá fora, as ações asiáticas subiram nesta quarta-feira (16), impulsionadas pelas esperanças de uma solução diplomática entre as partes envolvidas em vez de uma invasão russa da Ucrânia. Ainda assim, temos que tomar muito cuidado, uma vez que as tensões estão longe de serem completamente resolvidas — a situação ainda é volátil e demandará mais tempo para ser devidamente tratada.

De qualquer forma, o mercado poderá voltar a atentar hoje para os temas do ano: inflação e política monetária. Teremos a entrega da ata da última reunião do Fed, que poderá dar sinalizações duras e machucar os mercados. Mesmo diante da ansiedade, os mercados europeus sobem, enquanto os futuros americanos operam próximos da estabilidade.

A ver…

E esses combustíveis?

De fato, o preço dos combustíveis está cada vez mais alto, muitas vezes já com valores realmente exorbitantes, o que pressiona muito a inflação. Já há algum tempo o Congresso tem discutido possíveis soluções para o problema. Neste sentido, o Senado pode votar dois projetos hoje: i) o PLP 11/20, que trata do ICMS; e ii) o PL 1472/21, que cria o Fundo de Estabilização dos preços de combustíveis e institui imposto de exportação sobre o petróleo bruto. A PEC “Kamikaze” ficou para outro dia.

Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro tem encontro com Vladimir Putin e empresários em meio à continuidade das tensões no Leste Europeu. Pelo menos houve uma desescalada dos ânimos na véspera, o que machuca menos o Brasil internacionalmente. Por aqui, o Supremo Tribunal Federal julga ação que questiona a constitucionalidade do aumento do fundo eleitoral para este ano no valor de R$ 5,7 bilhões — provavelmente, não haverá impacto sobre os mercados.

No aguardo da ata do Fomc

A temporada de resultados nos EUA se aproxima cada vez mais do seu fim. Por incrível que pareça, os números não têm sido de todo ruim, apesar da volatilidade relacionada. Na verdade, já com aproximadamente 75% do S&P 500 tendo reportado seu quarto trimestre, estima-se que 77% das empresas divulgaram números acima do esperado, embora não tenha havido uma grande recompensa por isso — as eventuais faltas (números abaixo do esperado) acabaram sendo punidas mais severamente do que em qualquer outro trimestre nos últimos dois anos, o que é relevante para a volatilidade.

O mercado parece estar mais preocupado com a precificação da inflação e do aperto monetário. Sobre este tema, teremos hoje a ata da última reunião do Fed. O dado de inflação ao produtor de ontem (15) mostrou que a pressão de preços continua acontecendo, abrindo espaço para um discurso mais duro (todos lembram o que uma fala mais dura causou no início deste ano. Com isso, o documento ganha um caráter bastante importante, nivelando bem as expectativas para o ritmo do aperto monetário nos Estados Unidos — a próxima reunião já deve apresentar alta de 50 pontos nos juros.

Desescalada das tensões

Os mercados de todo o mundo receberam um impulso positivo ontem depois que manchetes da Rússia indicaram a retirada de algumas forças militares após terem completado “exercícios militares” perto da fronteira com a Ucrânia — unidades dos distritos militares do Oeste e do Sul começam agora a retornar às suas bases permanentes, de acordo com a agência de notícias Interfax.

A notícia chegou um dia depois que a artilharia de longo alcance e os lançadores de foguetes dos EUA foram movimentados para “posições de tiro”, as unidades russas foram deslocadas para a “formação de ataque” e uma invasão poderia ocorrer “a qualquer momento”, segundo o próprio conselheiro de segurança da Casa Branca. Enquanto isso, a Rússia nega os planos de um ataque formal.

Se o presidente da Ucrânia estivesse falando sério na segunda-feira (14), esta quarta-feira reservaria o “dia do ataque”, mas parece que as tensões estão de fato arrefecendo. A confusão é grande e não indica um apaziguamento definitivo das relações entre Ocidente e Rússia. Continuaremos acompanhando os desdobramentos da situação nas próximas semanas e meses, talvez, até que uma solução, hoje possivelmente diplomática, seja apresentada sobre o tema.

Anote aí!

Hoje, no Brasil, contamos com alguns indicadores mais secundários de inflação, como o IPC-Fipe e o IPC-S, ambos referentes à segunda quadrissemana de fevereiro. No âmbito político, teremos a divulgação da pesquisa do PoderData sobre sucessão presidencial. Lá fora, o destaque nos EUA fica por conta da ata do Fed e da divulgação dos gastos no varejo no mês de janeiro. A produção industrial do primeiro mês de 2022 também é esperada. Os resultados do dia incluem Cisco Systems, Kraft Heinz, Nvidia e Shopify. Na Europa, investidores digerem a produção industrial de dezembro e a inflação de preços ao consumidor no Reino Unido.

Muda o que na minha vida?

De fato, as tensões em torno da Ucrânia parecem ter diminuído um pouco, ao menos aparentemente. Isso permite assumirmos que a chance de um grande choque no mercado das commodities energéticas parece ter diminuído, o que tira um pouco de pressão das expectativas inflacionárias.

Ainda assim, além do petróleo, o papel da Rússia como principal fornecedor de gás natural para a Europa Ocidental pode elevar os preços na região, como tem feito nas últimas semanas. No geral, o aumento dos preços da energia na Europa e em todo o mundo seria a maneira mais provável de uma invasão russa aumentar a volatilidade nos mercados financeiros — vale uma olhada no 💥️Vitreo Petróleo.

Outro movimento que estamos verificando é uma fuga para a qualidade, em meio ao sentimento de aversão ao risco. Os títulos do Tesouro e metais preciosos (ouro, por exemplo) estão entre os refúgios mais populares para os investidores durante períodos de incerteza geopolítica. Isso porque toda a incerteza e a volatilidade resultante podem tornar as ações mais difíceis no curto prazo. De qualquer forma, no longo prazo, os patamares de preço parecem se recuperar bem de choques geopolíticos.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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