Dá para lucrar com a falência dos outros? Com esses fundos de investimentos, sim
Investimentos ✅distressed, também conhecidos como ativos estressados, possuem bons retornos, mas são recomendados para investidores do longo prazo (Imagem: Crypto Times)
Captar dinheiro na praça não é fácil. Ainda mais quando o seu nome está sujo. Agora, imagine fundos de investimentos que compram justamente crédito de imóveis e empresas em 💥️recuperação judicial ou estão à beira da falência? Esse é o caso dos investimentos ✅distressed, também conhecidos como ativos estressados ou ativos podres.
Com R$ 8,2 bilhões em ativos sob gestão e mais de 1.500 investidores profissionais no Brasil e no exterior, a Jive Investments é uma das plataformas que atuam no Brasil com esse tipo de ativo.
A gestora possui três fundos fechados que já renderam 200% o CDI, como o Jive Distressed FIM CP (2015), com retorno 20% ao ano e o Jive Distressed FIM II CP (2018), com retorno 17% a.a./356% CDI. Ambos, porém, estão fechados para captação.
Apesar disso, neste ano, a Jive abriu mais um fundo, o Jive BossaNova High Yield FIC FIM, o primeiro para investidores qualificados.
Antes, somente investidores profissionais, ou seja, pessoa física ou jurídica que possuísse mais de R$ 10 milhões em investimentos aplicados, poderiam participar.
“Estamos em um novo momento, iniciamos uma nova família de fundos abertos”, conta Guilherme Ferreira, sócio da gestora.
Segundo Alexandre Cruz, também sócio da Jive, esse é um primeiro passo para democratizar o acesso aos fundos, inclusive, para pessoas físicas.
“Tem muita conversa com CVM, eles são muito abertos ao diálogo. Existe perspectiva de uma conversa com CVM culminar na possibilidade de uma mudança para que a pessoa física possa participar. Por enquanto, pela complexidade dos ativos, não dá para prever nada”, diz.
💥️Benefícios e riscos
Entre os principais benefícios desse tipo de investimento está a descorrelação com os riscos do mercado.
“Ela é muito protetiva em momentos de oscilação dos índices para baixo. Em outras crises, como greve dos caminhoneiros, Joesley Day e Covid, isso não afetou os nossos fundos”, diz.
Por outro lado, esses fundos são voltados para os investidores de longo prazo: você não pode sacar o investimento antes de quatro anos e a rentabilidade é reinvestida.
Em relação aos riscos, Cruz afirma que, por ser um investimento de longo prazo, esses são diluídos.
“A questão é o prazo. Se você tem mais prazo para trabalhar, não necessariamente é mais arriscado. Como compramos ativos com muita pouca concorrência, pagamos muito barato”, completa.
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