Samarco entrega novo plano de recuperação e busca paz com credores
O plano deverá ser votado na segunda convocação da Assembleia-Geral de credores, remarcada para daqui a 15 dias, em 10 de março (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)
Depois de meses seguidos em um pé de guerra com seus credores financeiros, a 💥️Samarco parceria entre a 💥️Vale (💥️VALE3) e a australiana BHP & acaba de entregar uma nova versão de seu plano de recuperação judicial, com o objetivo de chegar a um acordo com um grupo de credores que detém R$ 26,4 bilhões da dívida da 💥️empresa.
O plano deverá ser votado na segunda convocação da Assembleia-Geral de credores, remarcada para daqui a 15 dias, em 10 de março.
O principal item alterado no plano de recuperação judicial da mineradora foi um limite de US$ 2,3 bilhões em aportes da Samarco na Renova, órgão que foi criado para administrar o pagamento das indenizações referentes à tragédia de Mariana (MG), em 2015, que deixou 18 mortos e provocou dano ambiental ao ecossistema do Rio Doce.
Se a injeção de capital superar esse montante, Vale e BHP arcarão com a conta.
Adicionalmente, o novo plano impõe que a Samarco apenas fará aportes na Renova se o fluxo de seu caixa for mantido em pelo menos US$ 300 milhões.
A mineradora esteve no centro da tragédia de Mariana, ficando vários anos sem operar. Essa situação culminou, em abril do ano passado, no pedido de 💥️recuperação judicial.
Os credores financeiros da Samarco, grupo formado por investidores estrangeiros, defendiam que era a Vale e BHP que deveriam arcar com os custos da tragédia.
Além disso, questionavam as razões para a dívida das sócias, de R$ 23,75 bilhões, estar incluída no pedido de recuperação. No total, a dívida da Samarco que está dentro do processo de recuperação judicial é de pouco mais de R$ 50 bilhões.
Os credores, contudo, tinham outras divergências em relação ao plano. A defesa era pelo pagamento de 100% da dívida vencida, mais 💥️juros.
A Samarco, por sua vez, propôs um desconto de 75% na dívida, com o pagamento feito até 2041. Outra opção seria a conversão da dívida em participação acionária na Samarco.
No entanto, com as mudanças do novo plano, a expectativa, conforme fontes próximas à Samarco, é de que o plano possa ser aprovado.
Nesta semana, esse mesmo grupo de credores da Samarco contratou o executivo Tito Martins, ex-Vale, para ser o presidente da Samarco.
O grupo defenderá, conforme fontes, é que a empresa precisa de uma gestão independente e que isso será cobrado seja o plano aprovado ou não.
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