Dólar recua ante real com disparada das commodities favorecendo moedas de países exportadores

Nota de um Dólar

Às 9:43 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,38%, a 5,0898 reais na venda. Na mínima do dia, o dólar chegou a cair 0,64%, a 5,0768 reais (Imagem: REUTERS/Murad Sezer)

O 💥️dólar tinha queda frente ao 💥️real pelo segundo pregão consecutivo nesta quinta-feira, com o mercado brasileiro acompanhando tendência internacional de valorização de divisas de países exportadores de 💥️commodities, cujos preços têm disparado após a invasão da 💥️Ucrânia pela 💥️Rússia.

Às 9:43 (💥️de Brasília), o dólar à vista recuava 0,38%, a 5,0898 reais na venda. Na mínima do dia, o dólar chegou a cair 0,64%, a 5,0768 reais.

Na B3, às 9:43 (💥️de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,27%, a 5,1310 reais.

“A manhã está sendo marcada, novamente, por uma nova rodada de alta relevante no preço das commodities”, disse em blog Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos.

Os contratos futuros do petróleo Brent chegaram a superar a marca de 119 dólares por barril nesta quinta-feira, indo a máximas desde 2012, enquanto os preços do 💥️trigo e do 💥️milho estendiam um rali em meio a temores de que o conflito no leste europeu levará a uma interrupção da oferta.

Nesse contexto, “as 💥️moedas de países exportadores de commodities seguem bem ancoradas”, disse Kawa, citando, além do bom desempenho dos ativos brasileiros, a força do dólar australiano.

Apesar da performance positiva de divisas sensíveis às commodities, Kawa alertou que “há um claro viés de dólar forte contra as demais moedas”. Nesta sessão, o índice da unidade norte-americana ante seis rivais fortes subia 0,13%, com o euro em baixa de cerca de 0,3%.

Investidores continuavam monitorando com cautela o conflito na Ucrânia, que já entrou em sua segunda semana. “A guerra na Ucrânia pode empurrar a economia mundial para um cenário muito desfavorável de estagflação na economia global”, disse a XP em nota.

A corretora afirmou que a tensão geopolítica deve ter efeitos também no Brasil, mantendo a inflação elevada por aqui, impondo viés de alta para a projeção da XP de que o IPCA subirá 5,2% em 2022.

Pressões inflacionárias adicionais podem levar o Banco Central do Brasil a ser mais duro na conduta da política monetária.

A taxa Selic está atualmente em 10,75% ao ano, e os juros altos têm beneficiado o real neste início de ano, já que elevam os rendimentos oferecidos pelo mercado de renda fixa doméstico.

Com o desempenho desta quinta-feira, o dólar acumula baixa de cerca de 8,7% contra a divisa brasileira até agora em 2022.

No entanto, investidores seguem atentos também ao banco central dos Estados Unidos, o 💥️Federal Reserve, depois que seu chair, 💥️Jerome Powell, afirmou na véspera que apoiará alta de 0,25 ponto percentual nos juros em março, sem descartar a possibilidade de elevações mais agressivas no futuro caso a inflação persista.

A moeda norte-americana spot fechou a véspera em baixa de 0,91%, a 5,1094 reais.

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