Dólar passa a subir antes de reuniões de política monetária; risco fiscal fica no radar
Às 9:09 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,02%, a 5,1211 reais na venda (Imagem: Pixabay/Engin_Akyurt)
O 💥️dólar devolveu as perdas registradas mais cedo e subia frente ao real nesta terça-feira, à medida que investidores aguardavam as decisões de política monetária de vários bancos centrais, entre eles os de 💥️Brasil e 💥️Estados Unidos, enquanto temores fiscais domésticos continuavam em foco.
Às 10:36 (💥️de Brasília), o dólar à vista avançava 0,41%, a 5,1412 reais na venda. A moeda chegou a cair 0,54% na mínima do dia, a 5,0926 reais, mas já recuperou completamente as perdas.
Na B3, às 10:36 (💥️de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,29%, a 5,1670 reais.
Havia expectativa pela decisão de política monetária do banco central norte-americano, o 💥️Federal Reserve, que deve iniciar na quarta-feira um ciclo de aumento de juros com elevação inicial de 0,25 ponto percentual.
Em nota, analistas da Levante Investimentos disseram que “mais do que as mudanças (imediatas) nos juros, o que realmente interessa aos investidores é saber como os banqueiros centrais estão observando as dezenas de variáveis capazes de influenciar o ritmo da atividade econômica e, em decorrência disso, a 💥️inflação e a taxa de juros”.
Custos de empréstimo mais altos nos EUA são vistos como fator de apoio para o dólar, embora o patamar elevado da Selic seja um colchão para a moeda brasileira, segundo especialistas, já que tende a elevar a atratividade do mercado de renda fixa local.
A Selic, atualmente em 10,75% ao ano, deve subir em 1 ponto percentual na quarta-feira, ao fim do encontro de dois dias do 💥️Comitê de Política Monetária (Copom), de acordo com pesquisa da 💥️Reuters, embora parte dos mercados precifique aumento ainda mais agressivo diante dos riscos inflacionários representados pelo conflito na Ucrânia.
A guerra, que levou a temores generalizado de restrição na oferta global de bens energéticos e agrícolas, impulsionou os preços de várias commodities, do petróleo ao milho, nas semanas recentes. Na semana passada, os contratos futuros do Brent chegaram a flertar com os 140 dólares por barril, embora fossem negociados abaixo da barreira de 100 dólares nesta terça.
A disparada dos custos de energia no exterior afetou o Brasil, com a Petrobras reajustando os preços do diesel e da gasolina, o que levou o governo a sancionar integralmente um Projeto de Lei que altera a cobrança do ICMS sobre os combustíveis.
E investidores receberam com receio notícias de que o governo avalia adotar ainda mais medidas & como eventual subsídio aos combustíveis ou aumento temporário do Auxílio Brasil& para limitar impactos negativos da guerra na Ucrânia sobre a 💥️economia, ameaçando deteriorar a credibilidade fiscal do país.
Em nota desta terça-feira, estrategistas do Citi disseram que “os preços dos ativos (brasileiros) permanecerão sensíveis a quaisquer outras medidas que possam ser aprovadas para amenizar o impacto dos aumentos dos preços dos 💥️combustíveis sobre os consumidores”.
O dólar negociado no mercado interbancário fechou a segunda-feira em alta de 1,31%, a 5,1201 reais na venda, valorização que o Citi atribuiu ao noticiário envolvendo os planos do governo de mitigar o impacto da inflação de combustíveis no Brasil.
Nos patamares atuais, o dólar já está 2,7% acima da mínima de encerramento do ano, de 5,0033 reais. No acumulado de 2022, a moeda norte-americana ainda tem baixa de 7,8% frente ao real.
No exterior, o índice do dólar tinha baixa frente a uma cesta de seis rivais fortes, enquanto o euro & que tem sido visto como um indicador do sentimento em relação à guerra na Ucrânia& avançava 0,5%.
Contra algumas divisas mais arriscadas, como dólar australiano e peso mexicano, a moeda norte-americana registrava perdas. Mas, ante rand sul-africano e peso chileno, subia.
💥️(Atualizada às 10:41)
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