Telegram bloqueado: Sem representante no Brasil, decisão de Moraes pode cair no vazio
Rede social pouco sociável: executivos do Telegram deixaram o TSE falando sozinho; Moraes vai conseguir contato? (Imagem: Dimitri Karastelev/Unsplash)
A determinação do ministro 💥️Alexandre de Moraes, do 💥️STF (Supremo Tribunal Federal), 💥️de bloquear os serviços do Telegram no Brasil pode ficar sem efeito por um motivo simples: a empresa não tem 💥️representante legal no país, a sede fica, até onde se sabe, em 💥️Dubai, mas a 💥️rede social, que funciona por aplicativo de celular, foi criada por um russo.
Para ser mais exato, o 💥️Telegram até tem um representante legal constituído no Brasil. Trata-se do escritório carioca 💥️Araripe & Associados, segundo apurou a 💥️Folha de S.Paulo em fevereiro. O problema é que, de acordo com os próprios 💥️advogados, seu contrato refere-se exclusivamente aos serviços necessários para registrar a marca Telegram no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (💥️INPI).
Assim, haveria um tortuoso caminho para que o bloqueio determinado por Moraes passe a valer. Algumas mostras da dificuldade de contatar os responsáveis pela rede social já foram vistas no começo deste ano.
No começo de março, por exemplo, a 💥️Justiça Federal de São Paulo mandou intimar o Telegram para que prestasse informações solicitadas pelo 💥️Ministério Público Federal. Para se fazer ouvir, a Justiça paulista precisou apresentar 💥️traduções juramentadas da intimação, incluindo documentos necessários para a instrução do processo. Além disso, foi necessário localizar autoridades do Poder Judiciário de Dubai aptas a recebê-los, dentro de um esforço de 💥️cooperação internacional.
Telegram brinca de gato e rato com TSE
Cadê todo mundo? Único representante legal do Telegram no Brasil diz que abacaxi não é com ele, e Alexandre de Moraes pode ficar de mãos atadas (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)
Um pouco mais atrás, em dezembro, o então presidente do 💥️TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 💥️Luís Roberto Barroso, enviou um ofício ao fundador do Telegram, o russo 💥️Pavel Durov, em que solicitava uma reunião para tratar do papel da rede na disseminação de💥️ fake news no Brasil.
Nem Durov, nem qualquer executivo do Telegram, retornaram o contato desde então. O silêncio da rede, em relação às preocupações da 💥️Justiça Eleitoral quanto a potenciais interferências na 💥️eleição presidencial de outubro, foi ainda mais eloquente, quando o TSE fechou um acordo com oito redes sociais, em meados de fevereiro, para combater a desinformação durante o período eleitoral.
💥️Facebook, 💥️Instagram, 💥️WhatsApp, 💥️Twitter, 💥️Google e 💥️YouTube, 💥️TikTok e 💥️Kwai, por outro lado, atenderam ao chamado do TSE e se comprometeram a impedir a divulgação de fake news e outros tipos de conteúdo que possam comprometer a campanha.
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