Milton Ribeiro deve ser afastado do governo após denúncias de corrupção no repasse de verbas do MEC
Em sua última live semanal, na quinta-feira passada (24), Bolsonaro chegou a dizer que colocaria “a cara no fogo” por Milton Ribeiro. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)
Mesmo após sustentar a permanência do ministro da Educação no cargo, o presidente 💥️Jair Bolsonaro (PL) deve anunciar a saída de 💥️Milton Ribeiro do governo ainda esta semana.
Segundo informou o jornalista Valdo Cruz em seu blog no 💥️G1, o anúncio pode acontecer ainda nesta segunda-feira (28). Já o jornalista Claudio Dantas, d’O Antagonista, afirmou que a saída de Ribeiro já tem até data para acontecer: dia 1º de abril.
Ele pode ser substituído por Garigham Amarante, hoje diretor de Ações Educacionais do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e apadrinhado de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro.
O presidente teria sido convencido por aliados a se desfazer de Milton Ribeiro, mesmo que tenha defendido o ministro publicamente. Em sua última live semanal, na quinta-feira passada (24), Bolsonaro chegou a dizer que colocaria “a cara no fogo” pelo titular do 💥️MEC.
“O Milton, coisa rara de eu falar aqui. Eu boto minha cara no fogo pelo Milton, minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele”, declarou Bolsonaro.
A saída do ministro, no entanto, não deve ter cara de “demissão”. A hipótese defendida é que ele seja afastado do cargo.
Milton Ribeiro é pastor presbiteriano, teólogo e professor. Ele assumiu o cargo de ministro da Educação em julho de 2023, substituindo 💥️Abraham Weintraub. Ribeiro é o terceiro titular do MEC no governo Bolsonaro, que além de Weintraub teve Ricardo Vélez Rodriguez no cargo.
Entenda a crise do MEC
Milton Ribeiro se tornou protagonista de uma crise no governo após o jornal 💥️Folha de São Paulo divulgar um áudio no dia 21 de março em que ele dizia repassar verbas do ministério a 💥️municípios brasileiros escolhidos por pastores. Durante reunião com prefeitos, o ministro teria dito que este era um pedido do presidente Jair Bolsonaro.
“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, diz o ministro no áudio.
Após a divulgação do áudio, prefeitos começaram a denunciar mais detalhes sobre o caso, dizendo que os tais pastores atendidos com prioridade pelo MEC cobrariam propina dos municípios como forma de liberar as verbas da pasta.
O ministro se manifestou por meio de nota no dia seguinte, negando as acusações e dizendo que “a alocação de recursos federais ocorre seguindo a legislação orçamentária, bem como os critérios técnicos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE)”.
O jornal 💥️Estado de São Paulo já havia adiantado no dia 18 que uma espécie de “gabinete paralelo” de pastores estaria controlando as verbas da do MEC. Após a divulgação do áudio pela Folha, o Estadão publicou no dia 22 de março que entre os pedidos de propina haviam depósitos de R$ 15 mil e até de pagamentos em 1 kg de ouro.
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