‘Petrobras (PETR4) não pode fazer política partidária’, diz Joaquim Silva e Luna durante seminário
Joaquim Silva e Luna deixa o comando da Petrobras após ser fritado por conta dos altos preços dos combustíveis (Imagem: Reuters/Adriano Machado)
De saída do comando da 💥️Petrobras (💥️PETR3, 💥️PETR4), o general 💥️Joaquim Silva e Luna afirmou nesta terça-feira (29) durante seminário no Superior Tribunal Militar (STM) que a estatal não pode fazer “política pública e muito menos política partidária”.
Sua demissão foi anunciada na noite de segunda-feira (28) pelo 💥️Ministério de Minas e Energia. No entanto, a saída do general, que era “fritado” em Brasília desde o anúncio da alta dos 💥️combustíveis, já era ventilada desde o início do mês.
Silva e Luna negava a possibilidade de pedir para sair, afirmando que por sua formação militar “morre junto na batalha e não deixa a tropa sozinha”.
Durante o seminário, o ex-CEO afirmou que a estatal não pode simplesmente baixar os preços dos combustíveis por iniciativa própria, já que deve obedecer os valores praticados no mercado internacional. A política de paridade foi estabelecida durante a gestão de Temer.
“Por que não baixa preço do petróleo, por que não faz política pública? Por causa disso, porque é lei. Petrobras é empresa pública, classificada como economia mista. Em termos de legislação, são quatro leis. A Constituição diz que ela deve atuar como empresa privada. Lei do petróleo diz que ela deve praticar preço do mercado”, declarou.
Troca-troca na Petrobras
Joaquim Silva e Luna assumiu a cadeira de CEO da Petrobras há quase um ano, quando substituiu 💥️Roberto Castello Branco, também demitido pelo presidente 💥️Jair Bolsonaro (PL).
Castello Branco havia sido uma indicação de 💥️Paulo Guedes para a Petrobras. Sua saída também ocorreu por críticas do presidente quanto à forma como a empresa estava sendo conduzida na época, também em um contexto de aumento nos preços dos combustíveis.
O reajuste mais recente da Petrobras, feito em meio à alta da cotação do petróleo, elevou em 25% os preços do diesel em suas refinarias e em 19% o valor da gasolina.
Após a queda do preço do barril, a estatal começou a ser pressionada a baixar os preços — especialistas ponderam, no entanto, que os valores ainda estão defasados. Ou seja, ao menos no médio prazo, é muito difícil que os preços caiam.
O mais recente levantamento de preços realizado pela 💥️ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostrou que o litro da gasolina comum pode ser encontrada por até R$ 8,949 no país.
Isso porque além da agência levantar o preço médio dos combustíveis nos Estados, também apura quais são os preços mínimo e máximo encontrados nos postos brasileiros.
O preço médio do litro da gasolina comum no país é hoje de R$ 7,210. O Estado com o combustível mais caro segue sendo o Piauí, que lidera o ranking com um prédio médio de R$ 8,071, seguido pelo Rio Grande do Norte (R$ 7,857) e pelo Rio de Janeiro (R$ 7,694).
O nome cotado para substituir Joaquim Silva e Luna é o do economista 💥️Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Ele foi indicado pelo governo para assumir a presidência da estatal, tendo ao seu lado Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, este na presidência do Conselho de Administração.
A troca, no entanto, só passa a valer na assembleia de acionistas, marcada para o dia 13 de abril.
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