Páscoa: Após aumento de 25% em 2023, itens da cesta sobem menos que a inflação este ano
A taxa acabou ficando bem abaixo da 💥️inflação acumulada entre abril de 2023 e março deste ano pelo IPC-M da FGV (Imagem: Divulgação)
O levantamento anual realizado pelo Instituto Brasileiro da Economia da 💥️Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre) mostrou que após uma alta superior a 25% no ano passado, os itens típicos que compõem a cesta de 💥️Páscoa em 2022 registraram um aumento médio de 3,93%,
A taxa acabou ficando bem abaixo da 💥️inflação acumulada entre abril de 2023 e março deste ano pelo IPC-M da FGV, que foi de 9,18%.
Entre os alimentos que mais subiram, estão os de hortifruti, proteínas e importados: couve (21,5%), batata-inglesa (18,43%), sardinha em conserva (16,44%), azeite (15,63%), azeitona em conserva (14,38%) e bacalhau (11,5%).
As menores altas são do atum (3,59%), bombons e chocolate (3,92%) e vinho (6,12%).
Mas o destaque positivo para as compras deste ano é o 💥️arroz, cujo preço recuou 12,2% em relação ao ano passado e foi o principal responsável pela desaceleração da cesta como um todo.
Isso porque se retirado da cesta, a inflação dos itens de Páscoa seria de 9,79%, ligeiramente acima da registrada no IPC.
Matheus Peçanha, economista e pesquisador do FGV-Ibre, destaca que a forte alta no ano passado se justifica pelos problemas climáticos na ocasião e pela forte desvalorização cambial, que afetaram tanto a produção nacional do campo como os importados.
“No entanto, o novo problema de monções em 2022 e o fim da seca generalizada fizeram os hortifrutis assumir o protagonismo da inflação e permitiram ao arroz devolver boa parte do aumento sofrido no ano anterior”, diz.
O economista também alerta que o consumidor que vai às compras nos próximos dias para o feriado deve se atentar aos preços praticados.
“A pesquisa não mostra, em definitivo, a elevação dos itens de Páscoa que o consumidor vai encontrar. Só medimos o que aconteceu com os preços dessa cesta específica nos últimos 12 meses, até março deste ano”.
“Além do aumento já registrado de 8,33% do pescado fresco e 9,89% dos ovos, os preços desses itens tradicionais pode subir mais ainda, dada a pressão sazonal da demanda às vésperas da Semana Santa. Além disso, itens não contemplados no escopo do IPC, como os ovos e colombas de Páscoa, devem sofrer igualmente com essa pressão de demanda pela tradição”, acrescentou Peçanha.
Veja a inflação dos principais itens:
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