IPCA recorde repercute nos mercados e já tem quem enxergue a Selic acima de 13,5% ao ano
IPCA bate recorde em março e mostra que a chama do dragão da inflação continua bem acesa no Brasil. Veja os impactos nos mercados (Imagem: Pixabay/ rauschenberger)
A disparada da 💥️inflação no Brasil tem provocado um verdadeiro “eita atrás de eita” no mercado financeiro. O 💥️IPCA, indicador que mede a inflação oficial no país, 💥️disparou 1,62% em março, a maior alta para o mês desde 1994.
Depois da bomba, parte do mercado já vê a 💥️Selic acima de 13,5% ao ano.
💥️Étore Sanchez, economista-chefe da 💥️Ativa Investimentos, explica que cada vez mais o Banco Central (BC) se vê pressionado a recalcular sua rota, com o fim do ciclo de alta da 💥️taxa básica de juros da economia hoje em 12,75% ao ano.
A elevação da taxa Selic é o instrumento usado pelo BC para conter 💥️a disparada de preços generalizada dos produtos e serviços no país, a famosa inflação.
“Com a curva da Selic no 💥️Focus em 12,75% e o desvio inflacionário para 2023 da própria autoridade em cerca de 15bps, além de 2024 desancorando, seria necessário conduzir o juro para além dos 13,5% para restabelecimento da convergência e ancoragem (matematicamente)”, afirma o economista.
Após a divulgação do IPCA nesta sexta-feira (8), a Ativa resolveu alterar sua perspectiva sobre a inflação do ano de 2022.
A projeção saltou de 6,85% para 7,06%, mas a revisão se deu mais pelo comportamento dos núcleos do que pela própria surpresa do dado em março. Com efeito, a perspectiva para 2024 subiu de 3,1% para 3,2%, nesse caso, apenas por inércia.
💥️Samuel Cunha, economista e sócio da 💥️H3 Invest, também reforça que o mercado pode ser surpreendido com a mudança de tom do Copom sobre o teto para a Selic. “Considerando o cenário de inflação pujante, não tem como a gente criar um cenário de economia estável no Brasil”, afirma.
Inflação importada
Na expectativa de juros maiores, 💥️os investimentos em renda fixa voltaram a ficar mais atrativos. E um dos ingredientes que tem alimentado a 💥️chama do dragão da inflação é a chamada inflação importada.
“O Brasil é um país que importa bastante inflação. E olhando para a 💥️China, grande parceira comercial, 💥️milhões de pessoas estão sem poder sair de casa por conta do coronavírus lá. Isso vai atrasar muito a economia quando reabrir, com a disparada do frete e trazendo mais custos para o Brasil e o mundo”, explica 💥️Gustavo Cruz, estrategista da 💥️RB Investimentos.
Outro fator internacional que puxa a inflação para cima é a 💥️guerra na Ucrânia. A quebra da safra de 💥️commodities agrícolas deve manter as cotações em preços elevados por mais tempo, comenta Cruz.
Um exemplo claro disso na economia real é a 💥️disparada do preço do pãozinho nas padarias brasileiras. 💥️Rússia e 💥️Ucrânia são grandes exportadores de 💥️trigo, insumo essencial para a produção de 💥️farinha de trigo.
Apesar do Brasil importar seu trigo da 💥️Argentina, a cotação do grão decolou em torno de 50% no mercado internacional desde o início da guerra no Leste Europeu.
💥️Disclaimer
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