O caos das criptomoedas: O que explica a queda do bitcoin (BTC), ether (ETH) e mais
bitcoin opera em queda nesta semana (Imagem: Pexels/Roger Brown)
As criptomoedas têm passado por uma semana um tanto quanto desafiadora para o mercado cripto.
Na quarta-feira (11), por exemplo, o 💥️bitcoin (💥️BTC) voltou a ficar abaixo dos US$ 30 mil, em uma queda semanal de 23,43%, segundo dados do CoinMarketCap.
Nesta quinta-feira (12), a situação não foi amenizada.
O 💥️bitcoin chegou a atingir 💥️US$ 26.350 nas primeiras horas do dia, embora estivesse cotado a 💥️US$ 28.284 no momento de publicação desta notícia. A perda da criptomoeda era de 10,41% nas últimas 24 horas, e de 28,3% na última semana.
O atual nível do bitcoin é o pior desde dezembro de 2023, segundo o Decrypt.
A crise também afetou outras figuras conhecidas do mercado. É o caso da 💥️ether (💥️ETH) que sofreu quedas ainda maiores, ao chegar abaixo dos US$ 2 mil. Na madrugada desta quinta-feira, ETH chegou à cotação de US$ 1.748.
A queda das criptomoedas está acontecendo por uma série de motivos, sendo eles de curto e de longo prazo. Entenda:
Se o resto do mercado financeiro cai…
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o mercado das criptomoedas tem ligações diretas com o mercado financeiro tradicional.
Essa codependência tem se mostrado real já há alguns anos. Quando a pandemia do coronavírus surgiu e derrubou bolsas no mundo todo, por exemplo, o Bitcoin caiu 57%.
Atualmente as bolsas mundiais têm passado por uma forte contração nos últimos meses, por fatores como a guerra entre a 💥️Ucrânia e a 💥️Rússia, e o aumento da taxa de juros pelo 💥️Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos). O aumento pode tornar as rendas variáveis menos atrativas para os investidores — o que inclui as criptomoedas no pacote.
A volatilidade de tudo
As criptomoedas, assim como outros investimentos de renda variável, são investimentos voláteis e sujeitos a uma série de fatores externos que podem afetar a sua cotação.
E é justamente a volatilidade que atrai alguns investidores, uma vez que, ao mesmo tempo em que as criptomoedas podem cair vertiginosamente, elas também podem ter altas significativas.
A queda do UST
Outra questão que influencia na queda dos criptoativos foi a perda do lastro da 💥️stablecoin TerraUSD (UST), responsável por manter a paridade com o dólar.
💥️Tether (USDT), a maior 💥️stablecoin do mundo, perdeu seu lastro do dólar, ao cair para 💥️US$ 0,94 nesta quinta-feira (12), à medida que o 💥️mercado cripto entra em pânico após o colapso dos tokens da 💥️rede Terra: 💥️LUNA e a stablecoin UST.
Segundo o Business Insider, essa foi a maior queda da stablecoin desde março de 2023. O atual cenário de crise das stablecoins levanta preocupações, visto que o ativo é considerado essencial para o funcionamento do mercado de criptomoedas.
O inverno cripto chegou?
Já há algum tempo, analistas do mercado financeiro apontam uma possível chegada do “inverno cripto”. Isso, para eles, significa que o crescimento do setor será substituído por um longo período de contração.
Para Edward Harrison, da Bloomberg, o inverno cripto acontecerá porque as criptomoedas se tornaram “cada vez mais uma arena para especulação, muitas vezes dominada por aqueles que procuram ganhar dinheiro rápido”.
“À medida que o Federal Reserve aperta a política, todo o espaço criptográfico segue as ações de alto beta mais baixas em meio ao aumento das taxas de juros. É uma questão de tempo antes que perdas maiores se materializem devido a especuladores deixando o espaço, mesmo que os entusiastas fiéis de criptomoedas mantenham (ou HODL) suas moedas. Isso significa que estamos no início de outro inverno criptográfico”, escreveu ele em um artigo.
✅Com informações de Vitória Martini
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