Fecoagro: alta no custo de produção pode reduzir rentabilidade da soja e do milho

Rentabilidade

Com o custo maior tanto no milho como na soja a tendência é de forte queda de 💥️rentabilidade no próximo ciclo, de 20,41% na soja e 50,25% no milho (Imagem: REUTERS/Daniel Acker)

A 💥️Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (💥️FecoAgro/RS) divulgou a primeira projeção de custos de produção das lavouras de 💥️milho e 💥️soja para o verão, que aponta para uma alta “preocupante”. A avaliação da entidade é de que, com o custo maior tanto no milho como na soja a tendência é de forte queda de 💥️rentabilidade no próximo ciclo, de 20,41% na soja e 50,25% no milho.

Com base nos preços de 1º de maio, a soja indica perda por parte do produtor na relação de troca de 32,80% em número de sacas necessárias para pagar o custo total de produção, que era de 29,10 sacas e agora aponta uma necessidade de colher 38,64 sacas. “Já em relação ao custo variável, (para atender o desembolso) o produtor precisará colher 26,81 sacas contra 18,78 na safra passada, aumento de 42,79%”, disse em nota.

No caso do milho, a relação de troca teve impacto maior visto que a cultura demanda mais insumos que a soja. Segundo a Fecoagro, o produtor precisará colher 117,32 sacas por hectare para cobrir o custo total de produção, ante 75,29 sacas da safra anterior, aumento de 55,83%. “Em relação ao custo variável, o produtor vai precisar produzir 88,63 sacas por hectare frente às 51,63 sacas na safra passada, uma elevação de 71,43%. “O custo do milho registrou uma elevação de 53,88% nos últimos 12 meses, enquanto que o preço do cereal teve redução ao produtor em 1,25% no mesmo período comparado de maio de 2023 para maio de 2022”, disse a federação.

A entidade destaca atenção com possível restrição de oferta de insumos para a próxima safra de verão, disponibilidade de crédito e as possíveis elevações das taxas de juros para 💥️crédito rural para o próximo 💥️plano safra em função do aumento da 💥️taxa Selic. “Essa elevação vem preocupando o setor produtivo e isso se efetivando pode retardar ainda mais a recuperação das perdas do produtor em detrimento dos efeitos causados pela seca no Rio Grande do Sul”, afirmou.

No caso do 💥️trigo 2022, levantamento atualizado apontou aumento de custo de 51,71% nos últimos 12 meses. “O triticultor vai precisar colher 64,58 sacas por hectare para cobrir o custo total, ou seja, 24,9% a mais de produção do que na safra anterior.

De outra parte, para pagar os gastos com o desembolso, o produtor precisará colher 50,12 sacas para atingir o ponto de equilíbrio. Neste caso, os preços tiveram aumento maior que nas outras culturas, por isso a situação não é mais desfavorável ao produtor, que tem boa expectativa de mercado neste ano com aumento de área expressivo devido a esta condição.”

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