CORREÇÃO (OFICIAL) & Brasileiros tentam processar Braskem na Holanda por afundamento de solo em Maceió

“O valor oferecido pela Braskem como indenização é desrespeitoso comigo e com minha família.” (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

(Na matéria publicada em 💥️18 de maio, corrige no 2º parágrafo a moeda do potencial pagamento em reparação de danos de euros para reais após alteração feita pelo PGMBM)

Um grupo de brasileiros que busca processar a petroquímica 💥️Braskem (💥️BRKM5) na 💥️Holanda por conta do afundamento de solo que forçou milhares de família de 💥️Maceió a abandonar suas casas, ouvirá em setembro se o caso prosseguirá no país.

O escritório de advocacia 💥️PGMBM, que está levando o caso contra a Braskem e sua subsidiária holandesa a um tribunal de 💥️Roterdã em nome de 11 pessoas, disse que outras 10 mil podem ingressar na ação, que pode buscar bilhões de euros em indenização caso os juízes holandeses concordem em avaliar o caso.

Tremores atingiram Maceió em 2018 em região marcada por minas de sal subterrâneas operadas pela Braskem, causando grandes rachaduras em edifícios e abrindo buracos pelas ruas. Cerca de 50 mil a 55 mil pessoas foram forçadas a se mudar.

A Braskem, que contesta que a 💥️mineração de sal tenha causado os problemas, recusou-se a comentar sobre o processo em andamento.

A maior petroquímica da 💥️América Latina cessou a extração de sal na área e em apresentação recente a investidores e analistas reafirmou estar comprometida com a segurança das pessoas e que reservou cerca de 12 bilhões de reais para reparação, estabilização de cavidades de sal, monitoramento da área e reparos. Desse valor, a empresa desembolsou até o final do primeiro trimestre 4,8 bilhões de reais.

Mais de 14 mil famílias receberam apoio de realocação e cerca de 13 mil concordaram com compensação financeira proposta, disse a Braskem.

Mas o sócio da PGMBM, Pedro Martins, disse que uma ação na Holanda sob a lei brasileira, que impõe responsabilidade objetiva por danos ambientais, é necessária dado que as ofertas de compensação até o momento são muito baixas e os caminhos para a reparação legal no 💥️Brasil, muito longos.

Um dos três requerentes brasileiros a se dirigir ao tribunal holandês nesta semana disse que perdeu dois terços de seus clientes por causa do desastre e estava sofrendo de ansiedade severa.

“Minha vida nunca mais será a mesma”, disse José Ricardo Batista, 56 anos. “O valor oferecido pela Braskem como indenização é desrespeitoso comigo e com minha família.”

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💥️(Atualizada 19/05 às 10:15)

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