Brasil recebe fertilizantes a tempo para próxima safra de soja

Fertilizantes

O Brasil é o maior exportador mundial de várias culturas, incluindo 💥️soja, e a falta de 💥️fertilizantes poderia resultar em colheitas menores (Imagem: REUTERS/Michaela Rehle)

O Brasil importou quantidades recordes de 💥️fertilizantes para sua safra gigante de 💥️soja, um alívio em meio a receios de interrupções dos embarques da 💥️Rússia, o principal fornecedor.

O setor temia não conseguir fertilizante suficiente por causa das sanções contra a 💥️Rússia pela guerra na 💥️Ucrânia e do caos marítimo que se desenrolou na região do 💥️Mar Negro.

O Brasil é o maior exportador mundial de várias culturas, incluindo 💥️soja, e a falta de 💥️fertilizantes poderia resultar em colheitas menores. Isso elevaria os preços de alimentos em todo o mundo, que já estão em níveis recordes, levando mais pessoas à fome.

As importações totais de 💥️fertilizantes de janeiro a abril superaram as compras recordes em 2023, segundo dados do governo e de empresas que acompanham os embarques.

“Já recebemos mais de 70% de todas as nossas compras para a safra de soja, e o restante das entregas estão programadas dentro da espera normal”, disse Leandro Bianchini, supervisor comercial da Coacen, a maior cooperativa agrícola de 💥️Mato Grosso. “No milho ainda temos muito para comprar e uma janela menor para operar.”

Há muito em jogo. A oferta de fertilizantes determinará quantos hectares de soja os agricultores brasileiros vão semear, de acordo com Marcela Marini, analista sênior do Rabobank em São Paulo.

Se os embarques de 💥️fertilizantes continuarem fluindo em junho e julho, meses em que as importações atingem o pico, os produtores podem aumentar o plantio em 3,7%, para 42 milhões de hectares, mesmo em meio à disparada dos preços dos nutrientes agrícolas, disse.

As margens dos produtores de soja devem ficar em 56% acima dos custos operacionais na próxima safra, maiores que a média de cinco anos e o terceiro maior nível já registrado, segundo estimativa do Rabobank.

Inicialmente, o Rabobank estimava que o Brasil sofreria uma falta de um terço de suas necessidades de potássio. Agora o pior cenário é de até 20%, segundo o analista do banco Bruno Fonseca.

O potássio está quase três vezes mais caro que no ano passado, segundo dados da Green Markets da 💥️Bloomberg.

Os insumos estão caros por uma série de razões, incluindo preços em disparada do gás natural, um dos principais ingredientes de fertilizantes a base de nitrogênio, sanções a um grande produtor de potássio da Bielorrússia e restrições de Covid que interromperam as cadeias de suprimentos globais.

A invasão da 💥️Ucrânia pela 💥️Rússia, um grande exportador de todos os principais fertilizantes, levou o mercado a um caos ainda maior.

Diferentes culturas precisam de diferentes nutrientes. Em setembro o Brasil vai plantar 💥️soja, que precisa de fosfato e potássio que vem principalmente da 💥️Rússia e da 💥️Bielorrússia. Essas importações são as que cresceram.

O nitrogênio, muito utilizado no milho, ainda é escasso. No entanto, essa safra não será plantada até março de 2023, e as importações de nitrogênio são sazonalmente menores para esta época do ano e devem aumentar, segundo Marina Cavalcante da Green Markets.

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