Plataformas de ensino brasileiras coletam dados de crianças ilegalmente, afirma relatório

EAD Educação Crianças

Pesquisa revelou que 89% das crianças têm seus dados de navegação e consumo coletados ilegalmente (Imagem: Shutterstock/VineStar)

Em meio à pandemia, milhares de crianças ao redor do mundo precisaram migrar suas atividades escolares para o ambiente digital.

O que não se esperava era que os dados de menores usuários estariam sendo coletados ilegalmente por 💥️empresas de educação digital (denominadas “EdTechs”), afirma um relatório publicado pela 💥️Human Rights Watch na última quarta-feira (25).

Segundo a organização, cerca de 89% das 164 plataformas educacionais analisadas coletavam ou poderiam coletar dados sobre o comportamento de uso de seus usuários. O levantamento ocorreu em diversos países, como 💥️Estados Unidos, 💥️Canadá, 💥️China, 💥️Reino Unido e 💥️Brasil.

Segundo dados do relatório, boa parte das plataformas analisadas foram recomendadas oficialmente pelas secretarias de 💥️educação de diferentes governos. Entretanto, os órgãos públicos não chegaram a realizar as devidas checagens acerca da política de compartilhamento de dados dessas plataformas.

“Com pressa para conectar as crianças às salas de aula virtuais, poucos governos verificaram se a EdTechs que eles estavam recomendando para as escolas eram seguras para as crianças”, diz o relatório.

💥️EdTechs brasileiras

O relatório publicado pela Human Rights Watch cita as seguintes plataformas de ensino brasileiras: Descomplica, Escola Mais, Stoodi, DragonLearn e MangaHigh.

Segundo o documento, as instituições citadas apresentam mecanismos de monitoramento de comportamento do usuário que são ou podem ser exportados para terceiros.

Acredita-se que o principal uso dessas informações seja para exibição de publicidades direcionadas – o que configura uma prática ilegal quando realizada com menores de idade.

Além disso, o relatório também cita que as plataformas Descomplica, DragonLearn, MangaHigh e Stoodi possuem tecnologias de gravação de sessões, que permitem que terceiros assistam a todas as atividades executadas por um usuário dentro de suas plataformas.

Informações como cliques do mouse, mensagens enviadas, mensagens não-enviadas, abas abertas em paralelo a página das plataformas e buscas em mecanismos de pesquisa são registrados e podem ser consultados posteriormente.

O relatório cita, em particular, o Stoodi, site educacional recomendado pelo Ministério da Educação para uso de alunos da rede pública de ensino. Durante a análise, a organização identificou que a plataforma era capaz de recolher dados pessoais de seus usuários, como nome e outras informações, através de registros de código e enviadas automaticamente para uma empresa terceirizada de publicidade, a Ve Global.

As plataformas citadas no relatório foram procuradas pela reportagem do💥️ Money Times. Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, o Stoodi afirma que:

“O Stoodi informa que não comercializa ou cede informações dos usuários para terceiros, bem como não entrega propagandas de terceiros dentro da sua plataforma. A empresa não tem contrato ativo com a empresa VE Global e reitera que nunca entregou dados dos usuários para terceiros ofertarem produtos ou serviços de terceiros para os alunos cadastrados. O uso de adtrackers e cookies estão em conformidade com a política de uso de dados, que tem como objetivo o aprimoramento do produto para fins educacionais adequado aos interesses dos estudantes. A edtech esclarece que as informações sobre a coleta de dados da plataforma estão descritas na Política de Privacidade www.stoodi.com.br/politica-de-privacidade/. Além disso, mantém um canal de contato disponível, por meio do e-mail: [email protected] para consultas, dúvidas, correções e exclusão de dados conforme todas as exigências da Lei Geral de Proteção de Dados 13.709.”

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