IFI revisa inflação de 7,9% para 8,6% para 2022; redução do ICMS traz “risco fiscal”
IFI aumenta projeção de inflação e prevê risco fiscal (Imagem: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)
A 💥️Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI) revisou a sua previsão para o 💥️Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2022 de 7,9% para 8,6%, conforme divulgou nesta quinta-feira (15).
Em relatório que analisa os principais 💥️indicadores econômicos e 💥️fiscais brasileiros, a IFI também apontou possíveis riscos decorrentes da redução do 💥️ICMS sobre 💥️combustíveis no Brasil, questionado viabilidade nas 💥️contas públicas para abarcar os estímulos concebidos ao longo de 2022.
Dados de inflação: “o diabo mora nos detalhes”
A IFI pondera que dados recentes de um possível arrefecimento da 💥️inflação não devem ser encarados com otimismo exacerbado.
Por mais que o IPCA tenha desacelerado em maio, com alta de 0,47% após 1,06% em abril, o índice de difusão segue elevado, a 72,4%, com média dos núcleos acelerando de 9,69% em abril para 10,11% em maio.
A conclusão é a de que, sem a influência de itens de maior volatilidade, o índice de inflação não arrefeceu.
A instituição também aponta que os preços das commodities, que mantêm sua trajetória de alta, e a resiliência da atividade econômica ao longo do primeiro semestre ajudam a compor o quadro inflacionário.
O que deve aliviar a pressão inflacionária em 2022, em até 2,8% são as recentes propostas de redução de impostos.
Segundo a IFI, o estabelecimento de um limite para as alíquotas do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo – contido no Projeto de Lei Complementar nº 18, de 2022 💥️(PLP 18) – produziria um impacto de até -1,8 p.p. no IPCA de 2022 caso haja repasse integral para o consumidor final.
“Adicionalmente, a redução para zero de impostos federais (Cide e 💥️PIS/💥️Cofins) sobre gasolina e etanol e das alíquotas do ICMS sobre 💥️diesel e 💥️GLP, com vigência até o final do ano, poderia retirar 1,0 p.p. adicional da inflação de 2022″, afirma.
Entretanto, em 2023, o a taxa de inflação deve ter aumento de 1% graças às medidas, graças à recomposição das alíquotas estaduais e da Cide e do PIS/Cofins em 2023.
“Portanto, esse conjunto de iniciativas (efeito estimado em -2,8 p.p. sobre 2022 e +1,0 p.p. sobre 2023) produz uma tendência de baixa para o IPCA de 2022 e de alta para 2023”, disse.
ICMS: redução preocupa
A IFI também pontuou que a iminente aprovação da redução do ICMS sobre combustíveis aumenta o risco fiscal no Brasil.
Mais cedo, a 💥️Câmara dos Deputados concluiu a votação do projeto de lei que limita o imposto sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. O texto segue para sanção presidencial.
Segundo a instituição, existem dúvidas sobre a capacidade da economia brasileira conseguir absorver o pacote de medidas econômicas anunciadas pelo governo para abaixar o preço nas bombas.
“O desempenho da arrecadação continua a seduzir, mas a IFI tem recorrentemente alertado para a influência de fatores conjunturais que cedo ou tarde cessarão seus efeitos”, diz.
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