Inflação EUA: O que esperar do segundo semestre na maior economia do mundo?

inflação EUA

A alta da inflação preocupa o Federal Reserve, que aumentou a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual este mês (Imagem: Shutterstock)

A 💥️inflação nos 💥️EUA deu um susto neste semestre, quando 💥️acumulou alta de 8,6% no mês de maio, maior taxa do país em 41 anos.

O medo da perda do poder de compra dos norte-americanos preocupa o 💥️Federal Reserve (Banco Central dos EUA), que aumentou a taxa básica de 💥️juros em 0,75 ponto percentual este mês de junho, no patamar entre 1,5% a 1,75%.

A perspectiva para a 💥️inflação no país, contudo, é de desaceleração no segundo semestre, segundo avaliação de William Castro, estrategista chefe da 💥️Avenue Securities.

Para o analista, o índice de preços ao consumidor norte-americano deve terminar o ano em 5%, no acumulado de 12 meses. “Segundo o que foi indicado pelo Fed, nós veremos uma desaceleração da 💥️inflação nos próximos meses”, conta.

Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating concorda com a leitura de desaceleração, até o final do ano. Dentre os motivos para esse movimento, ele menciona dois principais: a alta taxa de 💥️emprego e a capilaridade do sistema de crédito no país.

Os Estados Unidos têm uma taxa de 💥️desemprego em 3,6%, o que é considerado pleno emprego para o mercado (o ponto de referência é 5%).

Para o analista, ainda que haja um momento de crise, o país consegue segurar a alta na 💥️inflação devido à produtividade, ou seja, produzir muito com preços baixos.

“Ainda que o impacto da 💥️inflação seja maior lá, o nível de emprego acaba amenizando o impacto”, explica Agostini.

Outro ponto é a eficiência da política monetária do país, com um sistema de 💥️crédito bem espalhado pela economia, “você consegue atingir um número maior de pessoas em um tempo muito menor”, conta

Assim, o efeito altas nas taxas de juros pelo Fed é mais rápido, conseguindo frear o aumento dos preços em poucos meses.

Investidores brasileiros

Em um cenário de desaceleração da 💥️inflação nos EUA, somado ao aumento nas taxas de juros, o capital de investimento estrangeiro tende a migrar para o país.

“O 💥️Banco Central do Brasil já se adiantou e colocou os juros lá em cima, mas o risco de investir em países emergentes como o Brasil é muito maior”, explica William.

Para o analista da Avenue, os investidores brasileiros podem enfrentar uma fuga de capital para o exterior, e reforça a importância de diversificar os investimentos geograficamente.

“Ter uma carteira dolarizada protege os investidores em momentos como esse, de saída de capital do Brasil”, defende.

Agostini ressalta também que, apesar da perspectiva negativa para os ativos brasileiros no curto prazo, existem diversas oportunidades de investimento no país, tanto no mercado de capitais como no setor produtivo.

“Em um segundo momento, investir no 💥️Brasil pode se tornar uma oportunidade, porque fica mais barato”, explica.

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