AgRural reduz 2ª safra de milho do centro-sul, mas Nordeste eleva colheita total
A estiagem no Centro-Oeste, aliás, resultou em novo ajuste negativo na estimativa de maio para junho no centro-sul, explicou (Imagem: REUTERS/Dane Rhys)
A segunda safra de 💥️milho do centro-sul do 💥️Brasil em 2023/2022, que está sendo colhida, foi estimada em um recorde de 80,3 milhões de toneladas pela consultoria 💥️AgRural, que reduziu em 600 mil toneladas sua previsão na comparação com a estimativa divulgada em maio para a principal região produtora do país.
Apesar de uma visão de uma segunda safra menor que a esperada para o centro-sul, a AgRural aumentou a projeção para colheita total do país, considerando números mais elevados para o Norte e Nordeste levantados pela 💥️Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A produção total do cereal do Brasil 2023/2022 agora está estimada em 113,8 milhões de toneladas, também uma máxima histórica, ante 112,3 milhões da estimativa anterior, quando a previsão para a colheita do Norte e Nordeste era menor, disse à Reuters o analista Adriano Gomes, da AgRural, nesta segunda-feira.
Com um aumento da área plantada, diante de preços favoráveis, a produção poderia ter sido ainda maior, não fosse uma seca em partes do Centro-Oeste, na segunda safra, e no Sul, na primeira.
A estiagem no Centro-Oeste, aliás, resultou em novo ajuste negativo na estimativa de maio para junho no centro-sul, explicou.
“O que pesou para essa redução foram as perdas no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, que já tinham sido o motivo do corte de 5 milhões de toneladas feito pela AgRural de abril para maio”, disse Gomes.
Segundo ele, a safra está praticamente “salva” nas regiões com lavouras mais adiantadas, como Mato Grosso, oeste do Paraná e parte de 💥️Mato Grosso do Sul.
“Mas, caso ocorram geadas, mesmo em áreas prontas e dependendo da intensidade, isso pode causar perdas de qualidade”, completou.
Ele disse ainda que o avanço da colheita tem feito aparecer mais oferta do produtor, principalmente em Mato Grosso, para entrega no curto prazo.
Colheita
Segundo a AgRural, o tempo mais quente e seco da semana passada deu mais fôlego à colheita da “safrinha” de milho 2022, especialmente em Mato Grosso.
Levantamento da consultoria indicou que 20,3% da área cultivada na segunda safra do centro-sul do Brasil estava colhida até quinta-feira (23), contra 11,4% uma semana atrás e 5,3% no mesmo período do ano passado.
No Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás, a perda de umidade dos grãos ainda foi lenta e, por isso, a colheita seguiu tímida.
“Sem chuva nos radares, os produtores preferiram esperar a umidade baixar para avançar com a colheita e evitar descontos. A expectativa é de que os trabalhos avancem com mais rapidez nesta semana.”
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