Sob Lula, BNDES não voltaria à política dos campeões nacionais
Lula, por outro lado, direcionaria o crédito do banco para pequenas empresas e para o financiamento da modernização do setor produtivo no país (Imagem: Facebook/lula)
Caso seja eleito, o ex-presidente 💥️Luiz Inácio Lula da Silva deve direcionar os financiamentos do 💥️BNDES para micro e pequenas empresas e projetos de sustentabilidade, se afastando das estratégias de anos anteriores, onde governos do PT se concentraram em transformar grandes 💥️empresas em players globais.
Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto, não traria de volta a polêmica política de conceder bilhões de reais em 💥️empréstimos baratos para transformar empresas já grandes em campeãs nacionais, segundo pessoas diretamente envolvidas nas conversas sobre o plano econômico do ex-presidente.
Um deles, que pediu para não ser identificado porque a discussão não é pública, explicou que tal política já cumpriu seu papel, pois o Brasil possui hoje players globais competitivos que não precisam de mais assistência.
Nos dois mandatos de Lula, bem como no governo de sua sucessora 💥️Dilma Rousseff, a carteira de empréstimos do BNDES saltou para US$ 200 bilhões, superando a do 💥️Banco Mundial. Grande parte do financiamento apoiou empresas como a 💥️Petrobras e o frigorífico 💥️JBS SA, apelidados de “campeões nacionais”, enquanto embarcavam em ambiciosas aquisições e expansões globais.
Junto com a política dos campeões nacionais, no entanto, vieram denúncias de favorecimento de aliados políticos e do pagamento de generosas bonificações anuais concedidas aos funcionários do BNDES com base no volume de empréstimos que conseguiram fazer, o que levou a investigações de corrupção. Uma auditoria contratada pelo banco posteriormente não encontrou indícios de irregularidade.
As diretrizes de governo de Lula, divulgadas em 21 de junho, e uma nota da coordenação da campanha destacam que pequenas e médias empresas estão hoje lutando para conseguir dinheiro de bancos privados, recorrendo a linhas de crédito mais caras e escassas. A campanha atribui a escassez às altas taxas de juros e à estratégia do presidente Jair Bolsonaro de reduzir o papel dos bancos públicos na economia, incluindo o BNDES.
Lula, por outro lado, direcionaria o crédito do banco para pequenas empresas e para o financiamento da modernização do setor produtivo no país.
O plano também inclui o aumento de empréstimos para projetos ESG, até mesmo adicionando outro ‘S’ ao nome do banco para sustentabilidade.
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Sob 💥️Bolsonaro, o BNDES parou de inundar a economia com crédito subsidiado e adotou um perfil mais alinhado com um banco de investimento tradicional. Começou a vender participações que detinha em empresas como a Petrobras e se concentrou na estruturação da privatização de ativos como a gigante de energia Eletrobras.
A instituição também começou a devolver recursos ao Tesouro após anos de transferências de dinheiro público para aumentar a carteira de empréstimos do banco.
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Em um almoço com Lula na terça-feira, alguns dos mais ricos e poderosos executivos de empresas do país disseram ao ex-presidente que o Brasil precisa aumentar o crédito e que o BNDES precisa ser um instrumento nessa estratégia, segundo duas pessoas familiarizadas com a reunião, que pediram anonimato porque o evento não foi público.
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