Crise fará sobrar alimentos e anulará ‘defesa’ das empresas ante risco político-econômico, diz Abitrigo
Farinha e derivados do trigo deverão ter sobras com menor consumo (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
A 💥️recessão sendo traçada no mundo e o já baixo 💥️consumo das famílias deverão ser aliados dos brasileiros caso haja uma tentativa de alguns setores se defenderem, via aumento de preços, contra as incertezas que se encaminham diante do sensível quadro político-institucional, à medida que as eleições se aproximam, gerando mais riscos à economia.
Não seria algo novo para o Brasil, que já viu esse filme inúmeras vezes no passado, mesmo quando a 💥️inflação esteve muito maior e o consumo também baixo, como agora, inclusive de alimentos dos grupos mais básicos.
E vale lembrar que os títulos do governo indexados aos 💥️IPCA começaram a ser pressionados por mais juros e os leilões de 💥️NTN-B estão caindo em volume, apesar de um ajuste de baixa nos vencimentos mais longos do 💥️Tesouro Direto. E a remuneração da renda fixa poderá incorporar esse risco para que fiquem mais atrativas.
Enquanto 💥️Money Times aguarda um posicionamento da 💥️Associação Paulista de Supermercados (Apas) sobre se há ou se espera alguma sinalização disso, tanto por parte dos fornecedores, quanto das redes varejistas, no setor de trigo a avaliação é negativa.
Para a 💥️Abitrigo, por exemplo, não há esse risco de as indústrias fazerem esse movimento. “Deverá haver excedente diante de situação mundial com consumo menor, como se espera aqui no Brasil também”, avalia o presidente Rubens Barbosa.
No caso dessa matéria-prima de panificação e massas, Barbosa lembra que a explosão de preços, depois da invasão da Ucrânia, foi substituída pelo receio da crise econômica que se incrementou nos últimos dois meses. E nesta sexta (22) foi fechado acordo com a Rússia, que garantiria as exportações ucranianas, embora sejam pequenas frente a 2023.
As empresas, portanto, precisarão desovar de qualquer forma seus estoques, inclusive em outras linhas de produtos e até de outros setores, cenário que Barbosa, ex-embaixador brasileiro nos Estados Unidos, não crê em pressão do aumento do auxílio emergencial e extensão para outros segmentos que o governo conseguiu aprovar.
Vem à sua lembrança o caso dos semicondutores, cuja oferta está voltando depois da falta que gerou no mundo recentemente.
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