Falsos Traders: operação da Polícia Federal investiga falsos investimentos na Bolsa
Os investigados movimentaram mais de R$ 200 milhões (Imagem: Polícia Rodoviária Federal/Bahia)
A 💥️Receita Federal e a 💥️Polícia Federal deflagraram, nesta quinta-feira (28), a Operação Traders, com o objetivo de coibir a prática de crimes ligados à gestão fraudulenta na captação de recursos para operações na 💥️Bolsa de Valores.
As investigações mostram a atuação do grupo nos estados do 💥️Paraná, 💥️Rio de Janeiro, 💥️São Paulo e 💥️Santa Catarina por meio de esquema ilícito de captação de recursos por empresas consideradas instituições financeiras por equiparação, com potencialidade de afetar o sistema financeiro nacional.
Para atrair os clientes, ganhos acima daqueles praticados no mercado eram prometidos, mas, na realidade, as empresas apresentavam perdas reiteradas, principalmente em operações de “day trade”.
Segundo os policiais, apesar de promessa de retornos acima daqueles praticados no mercado, as “mesas proprietárias” apresentassem perdas consistentes, principalmente em operações de “day trade”, ou seja, além de não aplicar na bolsa de valores a integralidade dos recursos, o que era aplicado, normalmente resultava em prejuízo.
As operações eram feitas através de, pelo menos, 22 empresas não autorizadas pela 💥️Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a captar recursos e realizar investimentos no mercado. A polícia federal ainda acusa a quadrilha de pirâmide financeira, repassando lucros inexistentes aos investidores de forma a convencê-los a trazer novos clientes e se apropriar indevidamente desses recursos no futuro.
Os investigados emitiram e ofereceram ao público valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo em nome de empresa de fachada, sem registro prévio de emissão junto à CVM, sem lastro ou garantia suficientes e sem autorização prévia da Comissão de Valores Mobiliários.
O líder do esquema passou a dissimular o objeto fictício das empresas, tendo apresentado aos clientes, ora vítimas, a alegação de que iria migrar de “operações em bolsa de valores” para criação um “banco digital” e que, deste novo empreendimento, conseguiria honrar os contratos de pagamentos de valores, estes muito superiores ao que o mercado real costuma pagar a investidores.
Foi apurado ainda que a organização criminosa movimentou valores que ultrapassam R$ 200 milhões.
Os envolvidos devem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, Contra o Mercado de Capitais, Contra a Economia Popular, Organização Criminosa e Lavagem de dinheiro.
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