Engie Brasil (EGIE3) foi conservadora em dividendos para focar em crescimento, diz CEO
Já em transmissão de energia, a Engie mantém seu interesse em aumentar seu portfólio com novas concessões (Imagem: REUTERS/Stéphane Mahé)
A 💥️Engie Brasil (💥️EGIE3) decidiu ser mais conservadora na distribuição de dividendos neste trimestre para garantir caixa para investimentos e oportunidades de crescimento, disse o CEO da elétrica, Eduardo Sattamini, nesta quarta-feira.
Em teleconferência de resultados, ele disse que a postura “conservadora” pode mudar até o fim deste ano, a depender da evolução dos projetos da 💥️empresa.
O conselho de administração da elétrica aprovou na terça-feira a distribuição de 578 milhões de reais sob a forma de dividendos intercalares (cerca de 0,708 real por ação), equivalente a 55% do lucro líquido distribuível do primeiro semestre de 2022.
Geralmente, a companhia distribui 100% de seu lucro.
“Preferimos distribuir 55% para que a gente não tenha que, em algum momento, ter uma alavancagem elevada num momento de taxa de 💥️juros elevadas em função da 💥️inflação… Estamos crescendo, não queremos nos expor a tomar recursos a taxas elevadas”, comentou.
O CEO ressaltou que, apesar dos planos de crescimento, a companhia não pretende sacrificar retornos dos projetos ou vender energia a preços que não considera razoáveis.
Entre os novos projetos da companhia, está o complexo eólico Serra do Assuruá, na Bahia, que tem potencial para atingir 882 megawatts (MW) de capacidade instalada.
O empreendimento está em fase de desenvolvimento e terá sua energia vendida “em momento adequado”.
“Não precisamos estar correndo para vender (energia) a preços baixos, influenciados pela boa hidrologia, vamos ter momentos mais adequados de venda num futuro próximo.”
Já em transmissão de energia, a Engie mantém seu interesse em aumentar seu portfólio com novas concessões, principalmente através dos leilões, disse.
Hidrelétrica de Jirau
Sattamini comentou ainda que a transferência da usina hidrelétrica de Jirau (RO) à Engie Brasil “muito provavelmente” será avaliada em 2023 pelo controlador, dada a perspectiva de que a concessão se torne “financeiramente equilibrada”.
Segundo o executivo, em meados do próximo ano haverá uma redução significativa, da ordem de 30%, da tarifa de utilização da transmissão (TUST) do empreendimento.
“Estamos falando de um caixa extra para a companhia (Jirau) da ordem de 333 milhões de reais, isso aí deve equilibrar financeiramente a operação da companhia”, afirmou Sattamini.
Com 3.750 megawatts (MW) de capacidade instalada, a hidrelétrica de Jirau tem como acionistas a Engie, a japonesa Mitsui e as subsidiárias da Eletrobras Chesf e CGT Eletrosul.
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