Preciso alertar meus clientes sobre risco de ruptura de Bolsonaro, diz gestor sobre possível “3º turno” das

Market Makers

Jair Bolsonaro vs Lula: ruptura inconstitucional pode ocorrer? Gestores já começam a vislumbrar chance, mesmo que pequena (Imagem: Market Makers)

As eleições de 2022 para a presidência da República podem ser mais disputadas que as pesquisas levam a crer e provocar solavancos ainda maiores nos 💥️mercados, alerta o gestor Cláudio Coppola, do R&C FIM, em entrevista ao podcast 💥️Market Makers, produzido por Thiago Salomão e Renato Santiago em parceria com a Empiricus (controladora do 💥️Money Times).

Segundo Coppola, a probabilidade de um pleito acirrado entre 💥️Jair Bolsonaro e 💥️Lula causar uma ruptura é pequena, de 20% pelos seus cálculos, mas existe.

“Eu tenho obrigação de alertar o meu cliente o que pode acontecer. Está no jornal, todo o dia, um ataque ao 💥️STF, uma briga. Eu tenho que alertar o meu cliente. Eu não posso fazer vista grossa e falar que não pode acontecer”, observa.

O gestor reafirmou, porém, que esse não é o cenário provável.

“Se eu tivesse apostando nisso, estaria lotado de 💥️dólar. A minha compra em dólar é porque acho que 💥️inflação americana não vai cair e o cenário não está bom para o Brasil”, coloca.

De acordo com ele, a situação fiscal é ruim e o país sofrerá, seja quem for o próximo presidente.

“Não sou 💥️Lula, não sou 💥️Bolsonaro. Vou votar no que for melhor para o Brasil. Votei no 💥️Bolsonaro e me decepcionei. Votei no 💥️Lula em 2002. Eu queria votar na direita. Mas fiquei decepcionado com o 💥️Bolsonaro“, completa.

Ruptura é difícil

Outro gestor, José Raymundo Faria Jr, da Wagner Investimentos, que participou do episódio, disse que uma ruptura é difícil de acontecer. “Acho que 💥️Bolsonaro vai falar, mas vai acabar saindo (do cargo). Pode ter turbulência”, observa.

A visão de Coppola se soma a de 💥️Luis Stuhlberger, da 💥️Verde Asset, que também teme a vantagem apertada das eleições.

“Eu tenho medo desse cenário 51% a 49%, mas tenho posição na 💥️bolsa”, afirmou em evento da 💥️XP, que ocorreu na semana passada.

💥️Veja o episódio completo: 

Sinais de Bolsonaro

Para Coppola, 💥️Bolsonaro vem dando sinais ruins ao escolher o ex-general 💥️Walter Braga Netto como seu vice-presidente. A ministra da Agricultura 💥️Tereza Cristina era uma das cotadas para a vaga e tinha apoio de parte do Centrão.

“Eu tenho medo, porque acho que o presidente está cada vez mais indo para o embate, está se preparando, a escolha do💥️ Braga Neto não é por acaso. Ele abriu mão de uma mulher ser vice dele para pegar um cara que está fechado com todas as bases do 💥️Exército. Se você ler nas entrelinhas, é o único cara que tem o 💥️Exército na mão por trás. O 💥️Braga Netto é alinhado com todos. Então o Exército está fechado com 💥️Bolsonaro“, afirma.

💥️Veja o episódio completo: 

Crescimento de Bolsonaro nas urnas

Ainda segundo Coppola, 💥️Bolsonaro deve ter um incremento nas urnas, com a melhora da economia e o 💥️Auxílio Brasil vitaminado pela 💥️PEC Kamikaze.

“Com o auxílio, a economia está voltando um pouco. Ele vai ganhar votos. Essa diferença é tão grande? Eu não vejo o 💥️Lula na rua, eu não vejo comício. Não sei onde tem tando voto enrustido. O 💥️Lula tem que ganhar no primeiro turno. Se não ganhar, no segundo turno vai ser complicado”, diz.

Até o último 💥️Datafolha, divulgado em 27 julho, 💥️Lula tinha 47% das intenções de votos, 💥️Bolsonaro 28% e Ciro 8%.

💥️Já em pesquisa divulgada hoje, pelo levantamento da 💥️FSB, feito a pedido do 💥️BTG Pactual (💥️BPAC11), mostrou que em apenas duas semanas, a distância que o separa do atual presidente, 💥️Jair Bolsonaro (💥️PL), caiu de 18 para 12 pontos nas 💥️pesquisas de intenção de votos do 💥️segundo turno.

Se o segundo turno fosse hoje, Lula venceria com 51% dos votos, contra 39% de Bolsonaro. Em 25 de julho, contudo, o petista tinha 54% das intenções, ante 36% de Bolsonaro.

💥️Veja o episódio completo: 

Lula e os mercados

Na visão de Raymundo, da Wagner Investimentos, seria importante 💥️Lula indicar o nome do ministro da Fazenda o mais cedo possível.

“Em caso de vitória, se indicar depois das eleições, isso deixa o mercado um pouco na dúvida. Quem ele vai colocar: um político apadrinhado ou um técnico?”, questiona.

Coppola diz ainda que o teto de gasto, independentemente de quem ganhar as eleições, será o perdedor.

“Qualquer um que ganhar não tem teto de gastos. Até porque o Bolsonaro está perdendo o teto de gastos na vida dele aqui. Já está exercendo esse poder, burlando desde a PEC dos Precatórios, jogado para fora do teto”, discorre.

💥️✅Disclaimer

O 💥️Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

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