IPCA: Fundos imobiliários de CRIs devem reduzir dividendos por causa de deflação; entenda

Fundos imobiliários IPCA

IPCA em queda deve gerar dividendos menores, diz analista (Imagem: Diana Grytsku/Freepik)

Os 💥️fundos imobiliários (FIIs) que alocam recursos em 💥️certificados de recebíveis imobiliários — os já conhecidos CRIs — surfaram a alta da inflação e têm distribuído robustos dividendos desde o início da pandemia de Covid-19.

Porém, o retorno com dividendos (dividend yield) desses ativos deve cair nos próximos meses, conta o analista de FIIs da 💥️Guide Investimentos, Caio Ventura, em entrevista ao 💥️Money Times.

A mudança de cenário ocorre por conta do 💥️arrefecimento da inflação, uma vez que os fundos de recebíveis costumam pagar rendimentos indexados ao 💥️IPCA mais uma taxa fixa de juros.

Segundo Ventura, existe uma forte correlação entre o dividend yield dos fundos de CRIs que compõem o índice de fundos imobiliários da B3 (Ifix) e o IPCA desde 2023.

Dessa forma, os FIIs de recebíveis com maior exposição ao IPCA devem sofrer com a mudança do cenário macroeconômico — 💥️a exemplo da deflação registrada em julho (-0,68%).

IPCA em queda gera dividendos menores

Entre os impactos gerados pela queda na inflação, o analista da Guide prevê um ajuste negativo nos dividendos dos fundos de maior concentração em indexadores inflacionários. Como consequência, deve haver maior volatilidade nas cotações.

No entanto, Ventura ressalta que a queda do IPCA não necessariamente acarreta em menores dividendos. “A única coisa que dá para afirmar é que os ativos que estão dentro do portfólio desses fundos de recebíveis vão passar por reajustes menores”, esclarece. “Ou seja, não que necessariamente a queda do IPCA faça o dividend yield dos fundos cair, mas provavelmente vai cair. Há uma relação, porém ela não é causal”, diz.

Em sentido contrário, a mesma lógica se aplica aos fundos atrelados à taxa Selic ou ao CDI. Isto é, o ciclo de alta de juros deve elevar o retorno com dividendos desses FIIs nos próximos meses.

Porém, Ventura esclarece que grande parte dos ativos são reajustados com o IPCA de 12 meses e que, nesse período, a inflação segue alta ainda que ocorra deflação. “Não adianta sair vendendo [agora]”, enfatiza.

Para o analista, o investidor não deve escolher um fundo apenas pelo dividendo, mas, sim, compreender a tese de investimento do ativo e a origem do rendimento a fim de realizar as melhores escolhas.

Quais fundos podem ser mais impactados?

Ao lado do analista Fernando Siqueira, da Guide, Caio Ventura realizou uma regressão para traçar o nível de impacto, desde o início da pandemia, do IPCA em relação ao dividend yield dos principais fundos de recebíveis.

A dupla de analistas da Guide concluiu que existe uma correção de quase 90%, “o que é bastante significativo”, diz Ventura. O estudo não somente reforçou a tese de que a queda na inflação deve impactar negativamente o dividendo dos fundos de papel, como também levantou os FIIs que podem ser mais impactados.

“Concluímos que, dentre os fundos analisados, o segmento high yield seria o mais impactado caso a queda esperada para inflação se consolide no curto prazo”, conta a dupla.

Entretanto, os analistas destacam que o cenário não implica em um risco estrutural para a classe de ativos. “Os fundos imobiliários de recebíveis possuem um prêmio histórico em relação a tijolos em termos de dividend yield. A redução da inflação deve corroer parte deste prêmio”.

Confira os fundos que devem ser mais impactados pela queda na inflação:

💥️Cadastre-se nas nossas newsletters e esteja sempre bem informado com as notícias que enriquecem seu dia! O Money Times traz 8 curadorias que abrangem os principais temas do mercado. 💥️Faça agora seu cadastro e receba as informações diretamente no seu e-mail. É de graça!

O que você está lendo é [IPCA: Fundos imobiliários de CRIs devem reduzir dividendos por causa de deflação; entenda].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...