Lula no JN: corrupção foi o grande tema abordado em entrevista; veja como foi
Eu não quero amigo no Ministério Público, não quero amigo na Polícia Federal, no Itamaraty, disse Lula aos âncoras do telejornal (Imagem: TV Globo)
O ex-presidente 💥️Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi entrevistado pelo Jornal Nacional, da TV Globo, nesta quinta-feira (25). Durante 40 minutos o petista foi perguntado sobre diversos assuntos, mas a corrupção foi o principal ponto abordado.
“Durante 5 anos eu fui massacrado e estou tendo hoje a oportunidade de falar com o povo brasileiro”, iniciou Lula, que defendeu as medidas para combater a corrupção adotadas no seu governo. “Foi no meu governo que a gente criou o portal da transparência, o ministério público era independente e a policia federal tinha mais liberdade que em qualquer governo na historia”, defendeu.
Lula aproveitou para atacar a operação 💥️Lava Jato, ” lava jato foi por um caminho político delicado. Quase enterrou o nome do Ministério Público” e o atual presidente Jair Bolsonaro. “As medidas para combater a corrupção estão postas. Não escolhi um 💥️Procurador-Geral da República engavetador, não coloquei na 💥️Polícia Federal um delegado que eu pudesse pressionar. Eu poderia colocar decreto de 100 anos em qualquer coisa. Quando você governa de forma republicana você permite que as pessoas sejam investigadas independente de quem seja”, atacou.
O ex-presidente evitou se comprometer em seguir a tradicional lista tríplice de mais votado do 💥️Ministério Público Federal para escolher o próximo procurador-geral da República.
“Eu não quero amigo no Ministério Público, não quero amigo na Polícia Federal, no Itamaraty”, disse Lula aos âncoras do telejornal, acrescentando que quer pessoas “competentes”, “ilibadas” e que “pensem no povo brasileiro”.
Lula defendeu que pessoas que tenham cometido irregularidades sejam investigadas, julgadas e punidas ou absolvidas.
Mas ponderou que empresas não devem ser prejudicadas, citando casos de companhias impactadas pela operação Lava Jato. Lula foi condenado e preso no âmbito da operação, mas teve as penas anuladas pelo Supremo Tribunal Federal que julgou haver parcialidade nos processos.
O candidato petista prometeu “recuperar o país” e falou sobre o endividamento. “Eu não gosto de usar a palavra governar, gosto de usar a palavra cuidar. Vamos voltar a investir na geração de 💥️empregos. Temos quase 70% de famílias endividadas, a maioria de mulheres. Vamos negociar essas dívidas”.
E concluiu falando que irá negociar com os parlamentares eleitos. “Os governadores estão reféns das emendas secretas. Isso é um escárnio, não é democracia.
E essas coisas vamos resolver conversando com os deputados. E a sociedade brasileira precisa aprender que o Congresso é resultado da sua consciência política no dia das eleições”.
“O Bolsonaro sequer cuida do orçamento do Brasil. Quem cuida é o Arthur Lira. Os ministros ligam para o Lira, não pra ele. Temos que acabar com essa história de semipresidencialismo no regime presidencial. O Bolsonaro parece um bobo da corte”, finalizou.
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