Pré-Mercado: Uma semana difícil
Os mercados estão se esforçando muito para enfrentar cada round, mas não está nada fácil | Touro Indomável (1980)
💥️Oportunidade do dia
Estamos na metade da Última Janela da Renda Fixa
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Trade do Dia
Por Nilson Marcelo, analista quantitativo de ações da Vitreo
Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant & compra dos papéis da Marcopolo (POMO4).
POMO4: [Entrada] R$ 2.69; [Alvo parcial] R$ 2.74; [Alvo] R$ 2.81; [Stop] R$ 2.60; [Ganho esperado] 4.46%
“O desempenho do ativo em diversas janelas temporais indica a possibilidade de ganhos no curto prazo com o rompimento da máxima do dia anterior.”
Recomendo a entrada na operação em R$ 2.69, um alvo parcial em R$ 2.74 e o alvo principal em R$ 2.81, objetivando ganhos de 4.46%.
O stop deve ser colocado em R$ 2.60, evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.
[💥️QUERO NEGOCIAR O ATIVO]
Aproveito para convidá-lo a se inscrever no meu canal do YouTube. Todas as quintas-feiras, a partir das 19h30, converso com Robert Machado sobre análise quant, estratégias e perspectivas futuras para quem opera swing e day trade. 💥️O link é esse aqui. Participe também do 💥️grupo do Telegram e fique por dentro de todas as recomendações.
Observações sobre a operação:
& Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.
& Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.
& Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.
& Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.
Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda.
💥️Bom dia, pessoal!
Lá fora, os mercados de ações asiáticos fecharam em baixa nesta quarta-feira (31), seguindo as movimentações amplamente negativas de Wall Street durante o pregão de ontem (30), em meio às preocupações persistentes sobre as perspectivas para as taxas de juros e para o impacto que os novos aumentos delas terão na economia.
Os mercados europeus e os futuros americanos também esboçam certa dificuldade nesta manhã, dando continuidade ao movimento que verificamos desde que o presidente do Fed dos EUA, Jerome Powell, disse na sexta-feira passada (26) que o banco central planeja continuar aumentando agressivamente as taxas de juros.
O objetivo principal é garantir que a inflação permaneça contida. Os investidores agora aguardam o relatório mensal de empregos do Departamento do Trabalho dos EUA, marcado para ser apresentado na sexta-feira (2), para obter mais dicas sobre as perspectivas para a política monetária das economias desenvolvidas.
A ver…
Peça de ficção ou Orçamento para 2023?
Termina hoje o prazo para o governo enviar ao Congresso Nacional a proposta do Orçamento da União para 2023. Desde 2023, com a pandemia, as discussões orçamentárias têm impactado consideravelmente o mercado, pressionando as perspectivas fiscais de longo prazo e, consequentemente, a curva de juros brasileira.
Por falar em panorama fiscal, o Banco Central divulgará hoje também o resultado das contas do setor público consolidado de julho. Inegavelmente, temos observado bons dados do setor público, que pode encerrar o ano com superávit. Infelizmente, o bom momento pode se transformar em um filme ruim a depender da peça orçamentária.
Fora a questão das contas públicas, contamos hoje com dados de emprego do IBGE, com a Pnad Contínua (desemprego) relativa ao último trimestre encerrado em julho. Em dia de formação da Ptax (dólar) de setembro, todos esses dados geram volatilidade sobre o câmbio. Por isso, vale acompanhar também a capital federal.
Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória que eleva em 1% a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras, companhias de seguro e de capitalização até 31 de dezembro de 2022 (21% para bancos e 16% para demais instituições). Como de costume, os bancos são chamados para pagar a conta.
Na expectativa pelo relatório de emprego
Nos EUA, desde ontem já começamos a receber os dados de emprego. Tivemos vagas abertas no mercado de trabalho na terça-feira e hoje teremos o relatório ADP de empregos no setor privado. Tudo é secundário perante o relatório de payroll, na sexta-feira, que melhor consegue calibrar as expectativas para os próximos passos do Fed.
Os mercados seguem inquietos à medida que mais investidores enxergam taxas de juros mais altas e crescimento econômico mais lento. Ontem, o yield (rendimento) do título do Tesouro dos EUA de 2 anos ficou em 3,47%, seu nível mais alto desde o final de 2007, refletindo a visão sobre o caminho de curto prazo da política monetária.
Agora, os futuros mostram a taxa de juros atingindo um pico entre 3,75% e 4,00% no primeiro semestre do próximo ano, semelhante à previsão mediana dos membros do Fed em seu Resumo de Projeções Econômicas de junho. Tal movimento, claro, pressiona os ativos de risco, os quais deverão continuar passando por volatilidade em setembro.
O fato de o juro de 10 anos estar abaixo do rendimento de 2 anos é um sinal de alerta de que uma recessão está no horizonte — toda recessão nos EUA desde a Segunda Guerra Mundial foi precedida por uma curva de juros invertida (as duas últimas vezes que se inverteu foram em 2023 e 2007).
Observando a Europa
Na Zona do Euro, o destaque do dia é a inflação ao consumidor de agosto, que veio acima do esperado. Na comparação anual, o índice cheio alcançou 9,1% e o núcleo 4,3%. Além de serem recordes históricos para a região, os números foram não só acima do esperado, como também representam uma aceleração desde julho.
Os investidores querem ver a inflação cair em áreas onde os bancos centrais têm controle, sem que esses preços caiam tão rapidamente e sinalizem um grande problema de crescimento. Isso é muito difícil, porém. Na verdade, um dos principais riscos de hoje se resume a uma grande recessão na Europa, principalmente com a chance de o BCE elevar em 75 pontos-base a taxa de juros na reunião do dia 8 de setembro.
Anote aí!
Na Europa, os investidores digerem os dados de inflação, que vieram muito fortes. Nos EUA, destaque para os dados da folha de pagamento do relatório ADP — estima-se que a economia americana tenha adicionado 250 mil empregos não agrícolas em agosto. Mais importante será mesmo o relatório de payroll, na sexta-feira.
No Brasil, além da agenda do Congresso, os dados de desemprego e os números fiscais, temos também a fala de autoridade monetária, com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participando de reunião com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano. Pesquisas para a eleição de 2022 também são aguardadas.
Muda o que na minha vida?
Se os mercados já não estão gostando do aumento do juro antecipado pelo Banco Central dos EUA, imagina quando começar a digerir o programa de aperto quantitativo (QT, ou quantitative tightening) do Federal Reserve, que aumentará nesta semana.
Como parte de um plano mais amplo para reduzir uma carteira de US$ 9 trilhões, o Fed aumentará seus limites mensais para a quantidade de títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas que deixará amadurecer.
A retirada do suporte é um bom motivo para pessimismo nesse mercado; afinal, a medida é uma reversão considerável da compra de títulos da era da pandemia, que viu o Fed elevar seu balanço de US$ 4,2 trilhões para quase US$ 9 trilhões.
Ao contrário dos grandes aumentos de juros divulgados pelo Fed, que foram rápidos em atrair a atenção dos investidores, o QT é uma maneira mais silenciosa de apertar as condições financeiras (o banco central não está vendendo suas participações do Tesouro diretamente, mas, sim, deixando-as vencer para encolher seu balanço).
O movimento reduz a oferta de reservas bancárias e drena dinheiro do sistema financeiro. Naturalmente, quanto mais dinheiro o Fed tirar da economia, pior será para as condições financeiras e para os ativos de risco. O mês de setembro promete.
Um abraço,
Jojo Wachsmann
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