Recessão nos EUA volta a assustar mercados com risco de Fed mais agressivo

Risco de recessão da economia dos EUA cresce, à medida que o Fed precisará manter postura dura na alta dos juros para domar inflação (Imagem: Empiricus/Unsplash/Montagem Felipe Alves)

Os dados “salgados” da 💥️inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) divulgados ontem não apenas reforçaram as apostas de um 💥️Federal Reserve agressivo (“hawkish”) no ciclo de alta da 💥️taxa de juros. Mais que isso, os números também resgataram o temor de 💥️recessão da economia americana, respingando na 💥️atividade global.

“A narrativa do ‘pouso suave’ é muito improvável”, avalia o economista-chefe da Integral Group, Daniel Miraglia. Para ele, o processo de aperto monetário do Fed será “muito restritivo”.

Tanto que segue viva a chance de um aperto maior na taxa de juros na semana que vem, de um ponto percentual (pp). A última vez que o Fed promoveu um movimento tão drástico foi no início dos anos 💥️1980 & outro período de inflação altíssima, durante a chamada “Era Volcker”.

No mercado futuro, essa possibilidade para a reunião deste mês já está em cerca de 30%, de zero um dia antes. Ainda assim, a expectativa majoritária permanece por um novo aumento de 0,75 pp, com 70%. Se confirmada essa previsão, será a terceira alta seguida nesta magnitude. 

💥️Juros acima de 4%

Com isso, o mercado também já começa a trabalhar com uma taxa terminal acima de 4% ao final neste ano, em meio às apostas divididas para a última reunião do Fed, em dezembro. 

Além de aumentos agressivos na taxa de juros dos EUA, também é esperada uma aceleração na retirada dos 💥️estímulos monetários, através da redução do 💥️balanço patrimonial do Fed.

“Tudo isso significa que o Fed ainda tem um bom trabalho a fazer antes de declarar fim à guerra contra a inflação”, observa o economista da Guide Investimentos, Rafael Pacheco.

💥️Recessão e as Treasuries

Todo esse processo duro do Fed tende a levar à inversão completa da 💥️curva de juros. Ou seja, os rendimentos (✅yields) dos títulos da dívida dos EUA (✅Treasuries) de curto prazo tendem a pagar mais que os de longo prazo. 

“Curva invertida é característica comum de antecipar processo recessivo”, lembra Miraglia, da Integral. Para ele, a 💥️recessão da economia americana deve acontecer ainda neste ano, tendo continuidade em 2023. 

Basta estar atento aos sinais vindos do 💥️mercado. Por volta das 12h desta quarta-feira (14), o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,407%, de 3,415% na sessão anterior; abaixo do yield da T-bill de 2 anos, em 3,767%, de 3,746% na sessão anterior. 

💥️Sinal mais confiável

Porém, o BCA Research observa que o sinal mais confiável de recessão econômica vindo da inclinação da curva de juros é entre os yields de três meses (T-bill) e de 10 anos (T-note). “E ainda não há um sinal de recessão”, observa o estrategista-chefe Peter Berezin.

Ainda no mesmo horário, o rendimento da T-bill de 3 meses estava em 3,217%, de 3,202%, na mesma comparação. Portanto, abaixo do yield das Treasuries referenciais de 2 e de 10 anos. 

No entanto, a má notícia é que os yields dos papéis soberanos de 2 anos (T-bill) e o referencial de 10 anos, geralmente, se inverte primeiro que o de três meses em relação. “E se o Fed aumentar as taxas de juros até o final do ano como precificado no 💥️mercado futuro, uma inversão do segmento de 3 meses/10 anos ocorrerá com quase certeza”, alerta o BCA.

Como resultado, o grande grau de inversão da curva de Treasuries experimentado ao final da década de 💥️1970 e no início da década de 1980 pode se concretizar mais uma vez. “E o Fed terá que arquitetar uma recessão severa para domar as maiores pressões sobre os preços também em 40 anos”, conclui o estrategista da consultoria canadense.

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