“Branco” da banana (a R$ 8 kg) reflete insumos com preços triplicados e pauperização do produtor
Banana cara se reflete no consumo por falta de recursos do produtor (Imagem: Money Times)
Tem banana cara a R$ 8 o quilo? Tem, até para mais. E feia. Parte da justificativa está naquilo que a grande maioria dos bananicultores não conseguiram e que Silvio Romão, proprietário da Fazenda Univale, se virou para conseguir.
Ele pagou, entre as revendas do Vale do Ribeira, R$ 5,6 mil a tonelada de NPK em abril, um salto e tanto sobre os R$ 1,8 mil do mesmo mês de 2023.
Daí que os 100 hectares de sua propriedade receberam nutrientes, na contramão da pauperização dos demais produtores Brasil afora & categoria na quase totalidade de produção familiar e de vulnerabilidade social & que ainda tiveram um inverno rigoroso para os padrões da cultura.
O “branco” da banana, como ele diz, era esperado, portanto, com esse cenário de fertilizantes mais caros, impulsionados pela guerra da Ucrânia, além do encarecimento do diesel, defensivos e aplicações.
Faltou manejo geral que desse suporte às condições climáticas desfavoráveis, para que a banana saísse da entressafra atual em melhores condições.
“Gastamos o triplo em custos”, avalia o produtor do Sul de São Paulo, região mais pobre do Estado e que detém 75% da banana paulista (1,1 milhão de toneladas), que, por seu turno, é o maior produtor do Brasil (6,7 milhões/t).
Para a segunda quinzena de outubro a melhora da oferta começa a ser sentida, mas ainda deverá se estender por mais algumas semanas até que a qualidade das chuvas possa atenuar os prejuízos desse período, acredita Romão, que exporta para o Mercosul e Europa.
A preocupação do Silvio Romão e de outros representantes da cultura no Vale e no Brasil é com os prejuízos espalhados por esse momento.
Do ponto de vista dos milhares de produtores, sem outra opção de sobrevivência, quanto da questão da segurança alimentar. A fruta é a única que sempre foi mais acessível à maioria da população.
Por esse ponto, a Univale representará o Brasil no Fórum Mundial da Banana, que a FAO – agência da ONU para a alimentação – tratará desse tema central.
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