Por que a Petrobras (PETR4) precisa elevar os preços dos combustíveis

Pessoa abastecendo o carro

A última vez que a Petrobras subiu os preços foi no dia 18 de junho. (Imagem: Pixabay/Engin_Akyurt)

Nos últimos dias, o preço do 💥️petróleo subiu por causa do corte de 2 milhões de barris por dia na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (💥️Opep+) a partir de novembro.

Com isso, os preços do petróleo tipo Brent (referência internacional) atingiram a máxima em três semanas e podem ultrapassar os US$ 100/barril.

A 💥️Petrobras (💥️PETR3; 💥️PETR4) precisa aumentar o preço dos 💥️combustíveis para acompanhar os valores internacionais. Mas a empresa enfrenta resistência do governo de 💥️Jair Bolsonaro, que quer segurar os preços baixos até o segundo turno.

De acordo com dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (💥️Abicom), a defasagem no preço da 💥️gasolina, em relação ao valor praticado no mercado internacional; a diferença no 💥️diesel é de -8%.

Na conta dos importadores

Caso a estatal opte por segurar o reajuste, quem deve ser mais impactado são as 💥️importadoras, destaca Rafael Passos, analista da Ajax Capital.

“É importante monitorar essa questão, considerando que essa defasagem tem impacto relevante aos importadores, que suprem em torno de 30% da demanda nacional por combustível”, afirma.

Basicamente, a conta não fecha: se os preços lá fora estiverem mais altos do que no 💥️Brasil, as companhias deixam de importar. Afinal, elas vão pagar mais caro para comprar e não vão ter o retorno na venda. Isso coloca em risco o abastecimento do país.

💥️Histórico de reajustes

A última vez que a empresa subiu os preços foi no dia 18 de junho – na época, o litro da gasolina nas distribuidoras passou a valer R$ 4,06 e o diesel R$ 5,61.

A política de preços da estatal sempre foi criticada por Bolsonaro, tanto que ele trocou o CEO da empresa quatro vezes. 💥️Caio Mário Paes de Andrade assumiu o cargo em 28 de junho e, desde então, a Petrobras anunciou reduções de preços nove vezes – respaldadas na queda do petróleo.

A última queda no preço da gasolina foi anunciada há pouco mais de um mês, no dia 1º de setembro, quando o litro passou de R$ 3,53 para R$ 3,28.

O reajuste do diesel, por outro lado, é mais recente. O anúncio foi feito no dia 19 de setembro e o preço passou de R$ 5,19 para R$ 4,89.

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