Paciência de chineses com Covid Zero de Xi começa a se esgotar
A China registrou 1.878 casos no domingo, o maior número desde 20 de agosto, após o aumento de casos registrados entre os viajantes que retornaram do feriado de uma semana (Imagem: cnsphoto via REUTERS)
Enquanto a maior parte do mundo segue adiante após a pandemia, o presidente 💥️Xi Jinping deve enfatizar suas medidas rigorosas para conter o vírus no congresso do Partido Comunista que ocorre uma vez a cada cinco anos na 💥️China. A questão agora é quanto tempo ele consegue prolongar a abordagem.
Desde que o surto inicial surgiu na cidade central de Wuhan, muitas pessoas na China mais ou menos apoiaram testes em massa, confinamentos de cidades inteiras e quarentenas estritas em hotéis que restringiram as viagens ao exterior. Mas estão surgindo sinais de que a paciência está se esgotando.
Embora não existam pesquisas confiáveis sobre o posicionamento dos chineses em relação à 💥️Covid-19 e as mídias sociais sejam fortemente censuradas, mais críticas à política de Xi vieram a tona ultimamente.
Na conta oficial do Weibo de Li Wenliang, um médico que denunciou a situação em Wuhan e foi homenageado pelo governo da China após sua morte, um número maior de reclamações surgiu sobre confinamentos e testes constantes nas últimas semanas.
No mês passado, um acidente de ônibus que matou mais de duas dúzias de pessoas que eram transportadas para quarentena obrigatória provocou indignação online, com um hashtag relacionada ao acidente visto centenas de milhões de vezes.
Em um post franco no WeChat, Gao Yu, um dos principais editores da Caixin Media, expressou apreensão com o acidente e disse que se opunha fortemente aos testes em massa, ao Covid Zero e a isolar o país do resto do mundo.
O jornal Diário do Povo, alinhado com o Partido Comunista, parecia reconhecer que as queixas estão crescendo em um comentário segunda-feira que pediu às pessoas que tenham mais confiança e paciência no 💥️Covid Zero, dizendo que continua científico e eficaz contra a variante ômicron.
A China registrou 1.878 casos no domingo, o maior número desde 20 de agosto, após o aumento de casos registrados entre os viajantes que retornaram do feriado de uma semana.
Isso levou a restrições mais duras, incluindo o bloqueio de uma cidade na província de Shanxi com 400.000 habitantes, embora não tenha casos.
Em meio ao aumento da sensibilidade pública, as autoridades do governo tentam suavizar o termo usado para os confinamentos, com expressões como “gerenciamento estático” e “apertando o botão de pausa”. No entanto, vozes proeminentes, como Hu Xijin, o ex-editor-chefe do Global Times, apoiado pelo Partido Comunista, alertaram que a abordagem da China contra o vírus estava se tornando difícil de sustentar, embora tenha ajudado a evitar o alto número de mortes visto nos EUA e em outros lugares.
“Cada vez mais pessoas rejeitam o ‘gerenciamento estático’”, escreveu Hu mês passado em um post no Weibo que já foi deletado. “Eles estão achando intolerável.”
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