Braskem tem alta de 20% na B3 com oferta do fundo Apollo
No passado, a Braskem chegou a firmar conversas avançadas com uma outra gigante de seu setor, a holandesa LyondellBasell (Imagem: Alex Silva / Estadão Conteúdo)
A 💥️ação da petroquímica 💥️Braskem (💥️BRKM5), que tem entre suas principais sócias as gigantes Novonor (ex-Odebrecht) e 💥️Petrobras (💥️PETR4), disparou ontem na 💥️B3 (💥️B3SA3), a Bolsa brasileira.
O motivo para a corrida dos investidores em direção ao papel foi uma proposta do fundo Apollo pela companhia, que está à venda há anos e é considerada a “joia da coroa” da Novonor, que está em 💥️recuperação judicial.
No fim do pregão de ontem, o papel da petroquímica fechou a R$ 33,58, com valorização de 20,4%. Quase R$ 600 milhões em ações da companhia foram negociados no dia.
Mesmo assim, a cotação atual da companhia está muito abaixo da proposta do fundo Apollo, que se aproximou da marca de R$ 50 por ação.
A proposta não seria vinculante, e a aposta de alguns operadores de mercado é de que a Novonor vai pensar muito antes de aceitar a oferta.
Isso porque, de acordo com fontes de mercado, a Braskem é o único “trunfo” que a companhia tem em mãos para sair de seus sérios problemas financeiros.
Isso porque, de acordo com fontes de mercado, a Braskem é o único “trunfo” que a companhia tem em mãos para sair de seus sérios problemas financeiros (Imagem: Divulgação / Braskem)
Além disso, há o fator complicador de a Petrobras, uma empresa estatal, ser sócia no negócio.
“A Novonor deve vender a Braskem se tiver certeza de que conseguirá resolver seu problema de endividamento com o negócio”, disse uma fonte do setor de fusões e aquisições, que pediu anonimato. “Se vender e, mesmo assim, não conseguir pagar toda a dívida, talvez não valha a pena.”
Ainda de acordo com fontes de mercado, o fundo Apollo é bem posicionado no setor petroquímico, tendo condições de tocar a administração da companhia em caso de um fechamento de negócio.
No passado, a Braskem chegou a firmar conversas avançadas com uma outra gigante de seu setor, a holandesa LyondellBasell.
As negociações começaram ainda em 2017 e se estenderam até 2023, ainda antes do início da pandemia.
Entre os motivos para a venda para a Lyondell não ter ido adiante, estavam questões regulatórias que a Braskem enfrentou nos EUA e também a polêmica envolvendo a operação de extração de sal-gema da companhia em Maceió (AL), que resultou em severos danos a um dos bairros da capital alagoana.
Fontes apontaram, à época, que a dificuldade de prever os custos com essa questão teriam contribuído para que a multinacional holandesa desistisse do negócio.
A Ativa Investimentos lembrou ontem que, em abril, a gestora Apollo já havia oferecido R$ 44,57 por ação pela Braskem. “Agora, a nova proposta de R$ 50 por ação favorece o negócio”, destaca.
Em comunicado ao mercado, Braskem, Novonor e Petrobras negaram as negociações.
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